Publicado em 01/07/2025 às 09h23.

Haddad diz que governo projeta arrecadação de R$ 15 bi por ano com corte de gastos tributários

O ministro reconheceu, no entanto, que a meta inicial, que previa impacto de até R$ 40 bilhões, foi reduzida

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (1º) que o governo está trabalhando com uma estimativa de arrecadação adicional de R$ 15 bilhões por ano com o corte de gastos tributários, mas reconheceu que a meta inicial, que previa impacto de até R$ 40 bilhões, foi reduzida diante da resistência do Congresso de incluir benefícios fiscais de natureza constitucional, como o Simples Nacional e a Zona Franca de Manaus.

Segundo matéria do InfoMoney, Haddad também reafirmou que a equipe econômica do governo chegou a preparar uma PEC abrangente para regulamentar a redução de todos os subsídios fiscais, mas que tal proposta foi barrada por lideranças parlamentares. As declarações foram feitas em entrevista ao jornal Valor Econômico.

Com o embargo do projeto, o ministério estuda agora alternativas legais que viabilizem um corte linear apenas sobre incentivos infraconstitucionais, um processo que, segundo o ministro Haddad, é tecnicamente mais complexo.

“Nós temos que voltar para conversar com os líderes, mas eu acredito em alguma coisa em torno de R$ 15 bilhões [de arrecadação]. Se pensava aqui na Fazenda em algo maior, porque pegava todos os benefícios, por PEC. Nesse caso, seria um impacto perto de R$ 40 bilhões, mas veio a demanda dos líderes de não mexer com benefícios constitucionais”, explicou Haddad.

A tendência é que o corte nos gastos tributários seja feito por meio de um projeto de lei que já tramita na Câmara dos Deputados, cuja análise deverá ser alvo de pedido de urgência nesta terça.

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