Ibovespa fecha com queda curta; Vale e Petrobras impedem melhor rendimento do índice
Bolsas dos EUA encerram dia no vermelho, aguardando novos balanços e PCE amanhã
O Ibovespa (IBOV) andou de lado o dia inteiro, sem força, sem vontade, até terminar com leve baixa de 0,07%, aos 130.639,33 pontos, uma perda curta de apenas 90,60 pontos, de acordo com informações do portal InfoMoney.
Os dados econômicos nos Estados Unidos (EUA) também não. Hoje, veio a primeira prévia do PIB do 3T24, com avanço de 2,8%, mais fraco que o esperado. Tem a rodada de dados do mercado de trabalho nos EUA, que culmina sexta-feira (1º), com payroll, mas também não é por isso. Tem a forte agenda de balanços das big techs, que começou ontem com a Alphabet, dona do Google, e segue hoje com Microsoft e Meta, controladora do Facebook, mas igualmente não é esse o motivo.
Os investidores estão mesmo aguardando quais medidas o governo federal anunciará sobre cortes de gastos. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defende a apresentação de um pacote consistente e diz que o presidente Lula sabe da necessidade disso: “o presidente já tem noção do que precisa ser feito, já tem noção mais ou menos de valores, já tem noção de quais medidas, nós já sabemos aquelas que nós não podemos e que nós não vamos mexer”. É essa a música que toca na equipe econômica. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entende que tais medidas terão “o impacto necessário para o arcabouço ser cumprido”. A Casa Civil, inclusive, já está fechada com o pacote.
Enquanto a equipe econômica tenta afinar esses acordes, o mercado espera. Mas há outros palcos para cantar, como a reforma tributária no Senado, cujo relator na Casa não garante votação até o fim de novembro – e novembro já é depois de amanhã.
Os dados por aqui, nesse interim, seguem chegando, com o Caged mostrando que a geração de empregos no Brasil segue firme e que o fluxo cambial continua positivo. Entretanto, o assombro da inflação indica que algo está desafinado na cantoria que o governo quer apresentar: hoje, foi a vez do IGP-M acelerar; e dos preços ao produtor seguirem em trajetória ascendente.
Com tudo isso, o dólar comercial subiu mais um dia, agora 0,04%, a R$ 5,76, embora bem afastado da máxima (de R$ 5,79), chegando ao seu maior valor em três anos. Os DIs (juros futuros) até começaram o dia em alta, oscilaram e viraram para quedas com o esforço vocal da equipe econômica.
Vale e Petrobras caem
A Vale (VALE3) acabou ficando com menos 0,30%, mesmo com minério de ferro em alta. Petrobras (PETR4) passou o dia no positivo, para virar na reta final e terminar com menos 0,44%, também apesar do petróleo positivo – tanto que as petroleiras juniores fecharam com ganhos, como por exemplo PRIO (PRIO3), com 1,75%.
Os bancos subiram, especialmente BB (BBAS3), com 0,76%, além do Santander (SANB11) se recuperando da forte queda de ontem, causada pelo balanço do 3T24 – a alta de hoje foi de 2,04%. No setor, Itaú Unibanco (ITUB4) decepcionou, com menos 0,28%. Bradesco (BBDC4), que solta balanço amanhã, antes da abertura do mercado, subiu 0,33%.
A WEG (WEGE3) despencou 5,16%, apesar dos bons números do 3T24. O que desafinou foi a pressão das despesas.
O varejo mostrou potência, com Magazine Luiza (MGLU3) avançando 4,01% e Lojas Renner (LREN3) subindo 0,65%, enquanto analistas se perguntam se há mais espaço para altas.
E, por fim, Klabin (KLBN11) ganhou 1,12%, com os 2 anúncios recentes que vão ajudar na desalavancagem da empresa.
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