Ibovespa fecha estável, apesar das altas de Vale e Petrobras; B3 e Cemig caem
Bolsas dos EUA fecham mistas, com alta de Tesla e à espera do balanço da Nvidia na quarta-feira (20)

O Ibovespa (IBOV) segue encarnando o caranguejo, andando de lado, quase sem sair do lugar. Assim como nas quatro sessões da semana passada, hoje ficou próximo da estabilidade, com baixa de 0,02%, aos 127.768,19 pontos, uma perda de 23,41 pontos. Já o dólar comercial se posicionou e caiu 0,74%, a R$ 5,74. Os juros futuros (DIs) terminaram o dia de forma mista, com quedas nos vencimentos mais longos, de acordo com informações do portal InfoMoney.
Atolados na lama da indecisão, os investidores ainda aguardam o anúncio dos cortes de gastos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o pacote está finalizado, dependendo apenas de ajustes com o Ministério da Defesa. Segundo Haddad, o conjunto de medidas, aprovado pelo presidente Lula, está em conformidade com o planejado pela equipe econômica.
O Bradesco BBI aponta que, para que as expectativas do mercado comecem a se reancorar e abram espaço para futuros cortes de juros, é fundamental que o governo adote um plano de ajuste fiscal potente e estrutural. Entre as medidas mais aguardadas, estão cortes de gastos e reformas estruturais que aprofundem a regra fiscal. O Itaú BBA fala em R$ 60 bilhões como ideal, divididos em 2025 e 2026.
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou hoje que as taxas de juros longas estão altas no país porque o mercado teme que o governo não cumpra o arcabouço fiscal e ponderou que as expectativas de inflação elevadas no Brasil não refletem um movimento orquestrado dos “malvados da Faria Lima”, em uma referência irônica ao mercado financeiro. Hoje, o Boletim Focus mostrou inflação mais alta. Já o governo vê inflação próxima ao teto.
Vale e Petrobras sobem
Enquanto nada disso acontece, na Bolsa brasileira, a temporada de balanços terminou, mas os resultados seguem pesando nas decisões dos investidores. Mas hoje foi a Petrobras (PETR4) que se destacou, com alta de 2,50%, após antecipar o perfil de seu plano de negócios até 2029, com elevação do piso de dividendos. Além disso, a escalada russa na guerra da Ucrânia fez o petróleo internacional disparar e ajudou nas ações da petroleira brasileira. Brava (BRAV3) disparou 7,93%, ainda na esteira dos números do 3T24.
Vale (VALE3) também subiu, com 1,25%; BB (BBAS3) ganhou 1,34% e Bradesco (BBDC4) avançou 1,40%. Mas B3 (B3SA3), a ação mais negociada do dia, pesou, com queda de 2,63%.
Mas não só. Hapvida (HAPV3) seguiu o sentimento da semana passada e recuou 6,942%, enquanto os frigoríficos perderam em bloco, com especial atenção a JBS (JBSS3), que caiu 0,85% e ficou entre as mais negociadas do dia. Cemig (CMIG4) foi outra que derreteu, com 4,14%, ao enfrentar barreiras políticas no caminho da privatização.
A semana no Brasil é mais curta, mais uma vez, agora com o feriado na quarta-feira do Dia da Consciência Negra. Para além disso, é uma semana com agenda esvaziada de indicadores. Embora todos estejam no Rio de Janeiro, não é no G20 que os investidores estão de olho, mas em Haddad, à espera do anúncio do corte de gastos.
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