Importações fazem superávit comercial cair
A queda de 19,6% é referente a janeiro a julho; em julho, o Brasil exportou US$ 4,227 bilhões a mais do que comprou do exterior
![Foto: Reprodução](http://d1x4bjge7r9nas.cloudfront.net/wp-content/uploads/2016/03/23220127/exporta%C3%A7%C3%B5es-mar%C3%A7o.jpg)
O saldo da balança comercial caiu nos sete primeiros meses deste ano, devido ao crescimento das importações em ritmo maior que o das exportações.
Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o país exportou US$ 34,160 bilhões a mais do que importou no período de janeiro a julho. O superávit é 19,6% inferior ao do mesmo período do ano passado (US$ 42,496 bilhões).
Mesmo com o recuo, o superávit foi o segundo melhor da história para o período. Em julho, o Brasil exportou US$ 4,227 bilhões a mais do que comprou do exterior.
Apesar da queda de 28,2% em relação ao superávit registrado em julho do ano passado, o valor é o terceiro melhor para o mês, perdendo para julho de 2017 (US$ 5,885 bilhões) e de 2016 (US$ 4,575 bilhões).
Recuperação – Depois de fechar 2017 com superávit recorde de US$ 67 bilhões, o saldo da balança comercial tem registrado recuo no primeiro semestre, provocado principalmente pelo desempenho das importações, que cresceram 21,1% pela média diária, somando US$ 102,423 bilhões nos sete primeiros meses do ano.
A alta, de acordo com o ministério, decorre da recuperação da economia, que impulsionou as compras externas, principalmente de bens de capital (máquinas e equipamentos usados para a produção), cujas importações subiram 83,7% de janeiro a julho.
As exportações também aumentaram, mas em ritmo menor. Nos sete primeiros meses de 2018, o país vendeu ao exterior US$ 136,582 bilhões, valor 7,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Segundo a pasta, as vendas de produtos primários, como commodities (bens primários com cotação internacional) subiram 10,6% de janeiro a julho.
As vendas de produtos manufaturados aumentaram 6,6% em 2018, mas as exportações de bens semimanufaturados acumulam queda de 1,4% no ano, influenciadas principalmente pela queda no preço internacional do açúcar bruto.
Oficialmente, o ministério estima superávit em torno de US$ 50 bilhões neste ano. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado preveem superávit de US$ 58,06 bilhões para este ano.
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