Publicado em 23/05/2025 às 21h00.

Indústria e bancos criticam aumento do IOF e alertam para impacto negativo na economia

Governo federal estima arrecadar R$ 20,5 bi em 2025 e R$ 41 bi em 2026 com as mudanças no IOF

Redação
Foto: Divulgação / Fiesp

 

O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado pelo governo federal, provocou reações negativas de entidades representativas da indústria e do setor financeiro. Mesmo após a revogação parcial das medidas, as críticas se mantiveram diante da manutenção da tributação sobre o crédito para empresas.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) afirmou, em nota, que a alta do IOF contraria políticas públicas voltadas ao desenvolvimento industrial, como o Programa Nova Indústria Brasil e as ações de transição energética. Segundo a entidade, o aumento da alíquota pode elevar os custos das empresas, dificultar o acesso ao crédito e inibir investimentos em um cenário já marcado por juros altos e spreads bancários elevados.

“Tais medidas terão como consequência o aumento dos custos das empresas, inclusive as do setor industrial, já penalizadas pela distribuição tributária desigual. O efeito será muito negativo sobre a atividade econômica”, destacou a Fiesp. A entidade também criticou o fato de a revogação não ter alcançado as medidas que encarecem ainda mais o crédito empresarial.

Para a Fiesp, o equilíbrio fiscal não deve ser alcançado às custas do setor produtivo, mas sim por meio de reformas estruturais.

O governo federal estima arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026 com as mudanças no IOF. De acordo com o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, as medidas atingem empresas e contribuintes de maior poder aquisitivo, sem impactar diretamente pessoas físicas ou investimentos.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.