Publicado em 12/08/2025 às 10h57.

Inflação desacelera e IPCA de julho em Salvador fica em 0,02%

Queda nos preços de alimentos e transportes compensou altas em despesas pessoais e saúde

Redação
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

 

Em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação calculada pelo IBGE, ficou em 0,02% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O índice teve forte desaceleração em relação ao mês anterior, quando havia sido de 0,29%, e foi o mais baixo em pouco mais de um ano, desde a deflação registrada em junho de 2024 (-0,04%).

A inflação de julho na RMS ficou bem abaixo da registrada no Brasil (0,26%) e foi a 2ª menor alta entre os 16 locais pesquisados pelo IBGE, acima apenas de Brasília/DF (0,01%). No mês, 11 localidades tiveram aumentos médios de preços, liderados por São Paulo/SP (0,46%), Porto Alegre/RS (0,41%) e Curitiba/PR (0,33%). Entre as cinco regiões com deflação, os recuos mais intensos ocorreram em Campo Grande/MS (-0,19%), Rio Branco/AC (-0,15%) e Goiânia/GO (-0,14%).

Com o resultado, o IPCA da RMS acumula alta de 3,02% no ano, abaixo do índice nacional (3,26%) e ocupando a 11ª posição no ranking das 16 áreas pesquisadas. Aracaju/SE lidera com 3,74%, seguida por Belo Horizonte/MG (3,61%) e Porto Alegre/RS (3,59%). Nos 12 meses encerrados em julho, a inflação na RMS desacelerou para 5,06% (frente a 5,23% no período anterior), permanecendo abaixo da média nacional (5,23%) e sendo a 11ª mais elevada.

Com recuos em 5 dos 9 grupos, IPCA foi puxado por despesas pessoais e saúde, e segurado por alimentos e transportes

A inflação de julho na RMS (0,02%) resultou de altas em quatro dos nove grupos do IPCA. O maior aumento veio das despesas pessoais (1,19%), impulsionadas principalmente pelos jogos de azar (11,17%, segunda maior alta individual do mês) e pela hospedagem (2,46%), beneficiada pelo período de férias escolares.

O grupo saúde e cuidados pessoais (0,65%) teve a segunda maior variação, com destaque para o perfume (2,06%) e planos de saúde (0,38%).

Entre os grupos com queda, alimentação e bebidas (-0,56%) e transportes (-0,44%) exerceram maior influência para conter a inflação. Os alimentos registraram a segunda deflação consecutiva, puxados exclusivamente pelos itens para consumo em casa (-1,02%), como cebola (-15,57%), manga (-22,60%, maior queda individual do mês), leite longa vida (-4,52%), batata-inglesa (-12,69%) e frango em pedaços (-2,76%). Já a alimentação fora de casa subiu 0,78%.

Nos transportes, a gasolina (-3,86%) foi o item que mais contribuiu para reduzir o IPCA no mês. A queda só não foi maior devido à alta das passagens aéreas (21,27%), maior variação individual de julho.

INPC registra primeira deflação em quase um ano

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da RMS teve leve deflação de -0,02% em julho, ante alta de 0,17% em junho, e ficou abaixo do IPCA do mês. Foi a primeira queda desde agosto de 2024 (-0,09%).

O INPC da RMS também foi inferior ao do Brasil (0,21%), sendo o 6º menor entre as 16 áreas pesquisadas. O índice mede a inflação das famílias com renda de até 5 salários mínimos, cujo responsável é assalariado.

No acumulado de 2025, o INPC da RMS está em 3,09%, abaixo do nacional (3,30%) e ocupando a 10ª posição. Nos 12 meses encerrados em julho, acumula alta de 5,01%, também inferior ao índice brasileiro (5,13%) e o 7º maior entre os 16 locais.

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