Inflação sobe em dezembro na Região Metropolitana de Salvador
Alta foi de 0,41% no mês, mas índice acumulado de 2025 ficou em 3,81%, sendo um dos menores do país

Em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,41% na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Foi a segunda aceleração consecutiva (aumentou mais do que no mês anterior), ficou acima do resultado do Brasil como um todo (0,25%) e representou o segundo maior índice entre os 11 locais pesquisados separadamente — abaixo apenas da Região Metropolitana de Porto Alegre/RS (0,50%). No mês, somente a RM Belém/PA (-0,35%) registrou deflação (queda média dos preços).
Com o resultado de dezembro, o IPCA-15 da Região Metropolitana de Salvador fechou o ano de 2025 em 3,81%. Foi o menor índice anual para a RMS desde 2019, quando a prévia da inflação acumulada havia sido de 3,77%.
Em 2025, o IPCA-15 da RM Salvador (3,81%) ficou abaixo do índice nacional (4,41%) e foi a terceira menor prévia da inflação entre as áreas pesquisadas, acima apenas das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro/RJ (3,32%) e de Belém/PA (3,78%). As maiores prévias de inflação do ano foram registradas nas regiões metropolitanas de São Paulo/SP (4,94%), Porto Alegre/RS (4,87%) e Brasília/DF (4,61%).
O quadro a seguir apresenta os resultados do IPCA-15 de dezembro e do acumulado de 2025 para o Brasil e cada uma das áreas pesquisadas.
Aceleração em dezembro foi puxada por transportes e alimentos
A alta do IPCA-15 em dezembro na RMS (0,41%) foi resultado de aumentos nos preços médios de seis dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o índice.
O grupo transportes apresentou a maior alta do mês (1,09%) e foi o principal responsável pela aceleração da inflação na RMS. O resultado veio após deflação registrada em novembro (-0,42%) e foi puxado principalmente pelas passagens aéreas (26,53%), item com maior aumento entre todos os pesquisados, e pelo transporte por aplicativo (4,74%).
Com o segundo maior aumento em dezembro, o grupo alimentação e bebidas (0,77%) também apresentou forte aceleração em relação a novembro, quando havia subido 0,13%, exercendo a segunda maior pressão inflacionária do mês. Houve altas tanto na alimentação no domicílio (0,77%) quanto fora de casa (0,76%). No consumo doméstico, destacaram-se os aumentos da costela (6,42%), da cebola (24,38%) e da banana-prata (7,65%). Na alimentação fora do domicílio, as refeições (almoço e jantar), com alta de 0,95%, deram a principal contribuição.
Entre os três grupos que apresentaram deflação em dezembro na RMS, segundo o IPCA-15, as maiores contribuições para conter o índice vieram de artigos de residência (-0,59%), na sétima queda média consecutiva de preços, e vestuário (-0,12%). As reduções foram puxadas, respectivamente, por móveis para quarto (-2,18%) e computadores pessoais (-4,43%), além das roupas femininas (-1,17%).
Em 2025, saúde e alimentação lideraram a alta do custo de vida
No acumulado de 2025 (3,81%), oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA-15 registraram aumento na Região Metropolitana de Salvador.
A única deflação foi observada em artigos de residência (-3,74%), com queda média de preços pelo segundo ano consecutivo e mais intensa do que em 2024 (-0,38%), puxada principalmente pelos televisores (-8,25%) e aparelhos de ar-condicionado (-13,87%).
Com o terceiro maior aumento entre os grupos, saúde e cuidados pessoais (5,32%) exerceu a principal pressão de alta no custo de vida ao longo do ano na RMS. Assim como em 2024, os planos de saúde (6,42%) foram os principais responsáveis pela elevação desse grupo, representando também a maior pressão individual sobre a prévia da inflação de 2025.
Embora tenha registrado apenas o sexto maior aumento, o grupo alimentação e bebidas (3,35%) foi a segunda principal contribuição para a alta do IPCA-15 no ano, por ter o maior peso na composição do índice, dada sua relevância no orçamento das famílias da RM Salvador.
A alimentação fora de casa apresentou aumento mais elevado (6,91%) e foi a principal responsável pela alta do grupo, enquanto os produtos consumidos no domicílio também tiveram variação significativa (2,15%). Entre os destaques, as refeições fora de casa (5,51%) tiveram maior impacto, e, no consumo doméstico, o café moído (45,63%) — maior alta do ano entre todos os itens pesquisados — e as carnes em geral (6,82%) exerceram as principais pressões.
Apesar da alta expressiva dos alimentos em 2025, itens como arroz (-26,08%), leite longa vida (-12,46%) e batata-inglesa (-37,66%, a maior deflação entre os produtos e serviços pesquisados) ajudaram a conter o IPCA-15 acumulado no ano. A gasolina também encerrou 2025 em queda na RM Salvador (-2,98%), segundo o IPCA-15, representando a segunda maior contribuição individual de baixa para o índice.
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