Publicado em 28/06/2017 às 20h30.

Meirelles recua e diz que economia deve crescer menos de 0,5% em 2017

O ministro da Fazenda ainda admitiu que a elevação de impostos não está descartada pelo governo

Redação
HENRIQUE MEIRELLES (Agência Brasil)
Foto: Agência Brasil

 

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu nesta quarta-feira (28) que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer em 2017 menos do que o 0,5% previsto. Sem dar a nova expectativa, o ministro disse que o impacto das incertezas da crise política na formação das expectativas ainda fará governo revisar a projeção do ritmo de crescimento da economia até o final do ano.

Essa projeção já era uma redução da pasta, visto que a estimativa anterior do governo era obter um crescimento de 1% neste ano.  O ministro classificou a alteração da previsão como “moderada”, e disse que o governo deverá divulgar oficialmente, nos próximos dias, a nova estimativa.

“É importante dizer que existe um certo ajuste, mas não é um ajuste onde haja um impacto relevante”, disse o ministro, em resposta ao ser questionado sobre os impactos da crise política na economia.

Meirelles disse ainda que a previsão de crescimento do último trimestre de 2017 em relação a igual período de 2016 também será revisada para baixo. “Nós chegamos, a um certo momento, a [prever um crescimento de] 2,7%.

Impostos – Meireles disse também que, em razão dos últimos resultados da meta fiscal, o governo não descarta a elevação de impostos. Ele ponderou, no entanto, que nenhuma decisão foi tomada nesse sentido. “Existe uma série de questões na linha de arrecadação que precisam estar melhor definidas e claras para que possamos tomar a decisão sobre medidas adicionais. Se for necessário aumentar impostos, vamos fazê-lo”, disse.

Conforme o ministro, a decisão sobre a elevação tributária depende de fatores como os resultados dos futuros leilões de hidrelétricas e de campos de óleo e gás, da nova etapa do programa de repatriação de recursos estrangeiros e o cancelamento de precatórios não sacados pelo beneficiário no prazo de dois anos – o que devolveria ao Tesouro Nacional cerca de R$ 8 bilhões. Além disso, segundo, Meirelles, o aumento da atividade econômica nos próximos meses poderia reequilibrar a arrecadação.

Com informações da Agência Brasil.

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