Mercado financeiro aumenta estimativa de inflação para 4,28% este ano
Segundo a Agência Brasil, na semana passada, a projeção estava em 4,09%
![Foto: Reprodução/Getty Images](http://d1x4bjge7r9nas.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/06/21083343/destaque-getty.jpg)
Kelly Oliveira
A estimativa de instituições financeiras para a inflação neste ano subiu pela segunda vez seguida. De acordo com pesquisa do Banco Central (BC), divulgada às segundas-feiras, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 4,28%.
Na semana passada, a projeção estava em 4,09%.
Para 2019, a projeção da inflação também subiu: de 4,11% para 4,18%. Para 2020, a estimativa segue em 4% e, para 2021, passou de 3,92% para 3,97%.
A projeção do mercado financeiro ficou mais próxima do centro da meta deste ano, que é 4,5%. Essa meta tem limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
Já para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).
Taxa básica
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como instrumento a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 6,5% ao ano.
De acordo com o mercado financeiro, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o fim de 2018.
Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano e permanecendo nesse patamar em 2020 e 2021.
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.
A manutenção da taxa básica de juros, como prevê o mercado financeiro este ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
Crescimento econômico
As instituições financeiras revisaram a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Para 2018, a previsão passou de 1,36% para 1,35% e, para o próximo ano, permanece em 2,5%.
Câmbio
A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 3,83 para R$ 3,90 no fim deste ano, e de R$ 3,75 para R$ 3,80, ao término de 2019.
Na última sexta-feira, o dólar fechou o dia cotado a R$ 4,0477 para venda, com baixa de 0,59%.
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