Publicado em 11/08/2020 às 12h47.

Movimento em bares e restaurantes foi melhor do que o esperado, mesmo em plena segunda-feira

Estabelecimentos situados em regiões turísticas de Salvador tiveram melhor desempenho, segundo Julio Calado, da Abrasel-BA

Rayllanna Lima
Foto: Divulgação/Instagram/Preto Bar
Foto: Divulgação/Instagram/Preto Bar

 

O primeiro dia de bares e restaurantes abertos, após quatro meses fechados devido à pandemia do novo coronavírus, surpreendeu positivamente os donos dos estabelecimentos em Salvador, sobretudo os que atuam nas regiões turísticas da cidade.

É o que afirma o empresário e integrante do conselho administrativo Abrasel-BA (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Bahia), Julio Calado, proprietário do restaurante Camafeu de Oxóssi, que fica nas proximidades do Mercado Modelo.

“Falando primeiro dessa parte do turismo, foi um movimento que surpreendeu. Fraco, mas surpreendeu. Foi cerca de 25% do movimento. Como Salvador estava fechada, abriu tudo agora, a gente estava esperando que realmente fosse começar muito devagar, mas já começou com esses 25%. A gente ficou feliz, foi uma surpresa boa”, disse ao bahia.ba.

Fora do segmento turístico, a movimentação também foi boa, mas inconstante. “Nos restaurantes em geral, foram alguns muito bons, de gente com a casa cheia – cheia dentro dessa metade da capacidade que foi liberada. E teve gente com movimentos mais fracos. Mas, no geral, se gostou muito do movimento, principalmente pessoal de bares. Muita gente teve um resultado positivo, mesmo sendo uma segunda-feira”, afirmou.

Demissões – Apesar da boa retomada, Calado sinaliza que ainda deve ocorrer demissões em massa no setor, que ainda está na fase de readaptação, começando a se reorganizar e avaliar mais criteriosamente os prejuízos. Segundo ele, muito embora os empresários tenham conseguido manter seus funcionários, demissões em massa devem ocorrer.

“Primeiro dia é dia de você arrumar a casa, organizar os protocolos com os funcionários, cada um entender seu papel. Tem gente trabalhando com um terço, metade da casa. Se continuar assim por muito tempo, vai ter que demitir muito. Ninguém vai trabalhar com metade da casa e ter uma equipe inteira, vai ter que demitir metade da equipe. Dependendo de quanto tempo dure isso, as demissões vão acabar aumentando muito. Quanto mais durar a restrição de pessoas, mais desemprego no setor, porque não dá para manter a mesma equipe”, explicou.

Ademais, ele reforçou que todos os protocolos para evitar o avanço do vírus, que provoca a Covid-19, estão sendo adotados. “O pessoal está com muito cuidado com os protocolos e tendo na cabeça que aquilo é importante. Os empresários estão tratando com cuidado essa questão, principalmente bares e restaurantes. É um setor muito visado, então pessoal está levando muito a sério”, disse.

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