Publicado em 12/09/2024 às 14h39.

‘Não há mais espaço para aumento da Selic’, afirma presidente da CNI

De acordo com o presidente do órgão, Ricardo Alban, as altas taxas e a dificuldade de acesso ao crédito são uma barreira significativa para empresas e consumidores

Redação
Foto: Divulgação/ CNI

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta quinta-feira (12) uma nota de posicionamento sobre o que chamou de “crise do crédito” e o aumento da Selic no Brasil. De acordo com o presidente do órgão, Ricardo Alban, as altas taxas e a dificuldade de acesso ao crédito são uma barreira significativa para empresas e consumidores. A informação é da coluna Radar, da revista Veja.

No documento, a CNI afirmou que cada ponto percentual da taxa Selic representa R$40 bilhões de despesas anuais com juros, para mais ou para menos. Com a taxa hoje na casa dos 10,5% ao ano e a inflação esperada em 3,83% nos próximos 12 meses, Alban avaliou que o cenário econômico global deixa o Brasil em desvantagem para outros países.

“Com os sinais de desaceleração da inflação e o cenário global de cortes nas taxas de juros, o Brasil deve aproveitar o momento para reduzir a Selic. A manutenção de uma política monetária tão conservadora coloca o país em uma posição desfavorável na competitividade global e penaliza o crescimento econômico”, destacou.

Segundo o CNI, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking global da taxa de juros reais ao ano, com 6,42%, atrás apenas de Turquia (12%) e Rússia (7,55%). O valor estaria acima de outros países em desenvolvimento, como África do Sul (3,89%) e Índia (1.15%), e superior até a de países desenvolvidos, como o Reino Unido (2,39%).

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