Publicado em 08/04/2020 às 21h40.

Nova liberação do FGTS deve injetar R$ 36,2 bilhões na economia

Mudança do fundo do PIS/Pasep beneficiará 60 milhões, segundo secretário de Politica Econômcia, Adoldo Sachsida

Redação
Foto: Divulgação/Caixa
Foto: Divulgação/Caixa Econômica Federal

 

Instituído nesta quarta-feira (8)  via Medida Provisória, o novo saque do FGTS deve injetar até R$ 36 bilhões na economia e beneficiar 60,2 milhões de trabalhadores, segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida. O Ministério da Economia estima que R$ 16 bilhões serão liberados para 45,5 milhões de trabalhadores com até cinco salários mínimos de saldo no FGTS. As informações são da Agência Brasil.

O dinheiro estará disponível de 15 de junho a 31 de dezembro e voltará para a conta do fundo, caso o trabalhador não faça a retirada. O novo saque foi viabilizado com a extinção do antigo fundo do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), que não recebe depósitos desde 1988 e ainda tem R$ 21,5 bilhões.

O presidente do Conselho Curador do FGTS, Julio Cesar Costa, ressaltou que o dinheiro do fundo extinto apenas migrou de lugar (para FGTS), mas os cotistas continuam com os direitos preservados e terão até cinco anos para sacarem sua parte.“O saque continua amplo e irrestrito, tanto para titulares como para herdeiros”, garantiu Costa. O gestor disse ainda que a extinção não envolve a arrecadação atual do PIS e do Pasep, que financia o seguro-desemprego, abono salarial e parte do capital do BNDES.

Na coletiva para explicar as medidas para o FGTS, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, destacou que o Brasil mobilizou, até agora, 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para atenuar os efeitos da pandemia. O levantamento, no entanto, considera medidas como antecipação de gastos, adiamento de tributos e liberação de linhas de crédito. Se forem consideradas apenas despesas novas e desonerações de tributos, que têm impacto fiscal, o montante aportado pelo governo brasileiro cai para 2,97% do PIB, o equivalente a R$ 224,6 bilhões, acrescenta a Agência Brasil.

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