Pesquisa mostra que 58% dos brasileiros não têm investimentos
Caderneta de poupança ainda é a principal escolha da população
Pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostra que 58% dos brasileiros não têm nenhum investimento financeiro. Segundo o levantamento, dos 42% que têm alguma aplicação, apenas 9% fizeram algum aporte em 2017.
A pesquisa revela ainda que mais da metade dos brasileiros não conhece produtos de investimento. Em respostas espontâneas, ou seja, sem opções de escolha, apenas 45% da população disseram conhecer um ou mais tipos de produtos, com destaque para a poupança, citada por 32%.
“A primeira razão [para não fazer investimento financeiro] e a justificativa mais imediata é a de que não sobra nenhum dinheiro. Tem essa questão objetiva, a gente pode associar isso ao número de desempregados, pessoas que perderam poder de compra, mas historicamente, se a gente olhar, há uma cultura de baixa poupança no Brasil mesmo”, destacou a superintendente de Educação da Anbima, Ana Leoni.
“A gente teve períodos de mais abundância em anos passados, e o recurso extra ia para o consumo, e não para o investimento. É importante que as pessoas invertam essa ordem. O que tem que ser primeiro é o investimento e as contas, e essas contas têm que estar dentro do seu padrão de ganho, e gastar o que sobrar, e não investir o que sobrar”, acrescentou Ana.
Imóvel próprio
A compra ou a quitação do imóvel próprio é o principal objetivo do retorno das aplicações financeiras do investidor brasileiro.
De acordo com o levantamento da Anbima, 31% dos investidores pretendem comprar ou quitar parcelas de imóvel ou terreno; 15%, guardar para emergências; 11%, comprar carro, motocicleta ou caminhão; 10%, fazer uma viagem; 7%, investir em negócio próprio; 6%, investir em estudos; 6%, deixar para os filhos ou investir no futuro deles; 6%, construir ou reformar a casa; 5%, usar na velhice ou aposentadoria; e 5%, manter o valor do dinheiro e ir usando quando precisar.
Apesar de não ser o investimento que mais rende, o brasileiro continua a ter preferência pela caderneta de poupança. Os investimentos em títulos públicos somam 3%; em títulos privados, 4%; em fundos de investimento, 5%; em previdência privada, 6%; e na poupança, 89%.
“A intenção primeira não é o retorno – 54% das pessoas que investem declaram fazer o investimento por segurança financeira e possibilidade de juntar uma reserva. Isso está muito associado ao guardar, a deixar em alguma lugar longe do impulso, inacessível para que eu não acione o meu impulso de gastar aquele dinheiro”, ressaltou Ana Leoni. “A poupança é [investimento] antigo, tradicional, muito conhecido; os outros produtos têm elementos mais sofisticados de compreensão.”
Mais notícias
-
Economia
09h22 de 12 de dezembro de 2024
Emendas parlamentares serão pagas na forma do STF, afirma Haddad
Segundo o ministro da Fazenda, os pagamentos estão "saindo"
-
Economia
09h09 de 12 de dezembro de 2024
Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira (12) prêmio acumulado em R$ 7 milhões
Sorteio será realizado às 20h, horário de Brasília, em São Paulo
-
Economia
06h50 de 12 de dezembro de 2024
BC leiloará US$ 4 bi de reservas internacionais para segurar dólar
Moeda fechou abaixo de R$ 6 pela primeira vez em duas semanas
-
Economia
06h43 de 12 de dezembro de 2024
CNDI aprova moção crítica à elevação dos juros pelo Banco Central
Órgão é presidido por vice-presidente Geraldo Alckmin
-
Economia
22h20 de 11 de dezembro de 2024
Copom eleva juros básicos da economia para 12,25% ao ano
Alta do dólar e preço dos alimentos influenciaram decisão do comitê
-
Economia
21h20 de 11 de dezembro de 2024
Haddad garante que uma semana ‘é suficiente’ para aprovar pacote de gastos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considerou que a conversa com os parlamentares “está indo bem”
-
Economia
18h18 de 11 de dezembro de 2024
Vendas de imóveis no país crescem 19,7%
Dados foram divulgados nesta quarta-feira (11)
-
Economia
17h52 de 11 de dezembro de 2024
Dólar cai e fecha abaixo de R$ 6,00 pela primeira vez desde o fim de novembro
Copom anuncia decisão de juros após fechamento dos mercados
-
Economia
17h42 de 11 de dezembro de 2024
Taxas de juros longas recuam com ajustes e otimismo por tramitação do pacote fiscal
Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 13,81%, ante 13,997% do ajuste anterior
-
Economia
17h19 de 11 de dezembro de 2024
B3: volumes operacionais sobem, mas correlação com mercado acionário gera dificuldade
XP e BTG destacam alta em renda variável e criptos, mas apontam entraves nos derivativos e forte desvalorização das ações da bolsa no acumulado do ano