Publicado em 04/12/2017 às 19h00.

PIB baiano acompanha nacional e cresce 0,1% no terceiro trimestre

O diretor de Indicadores e Estatística da SEI explicou que o resultado ainda é baixo e não indica uma retomada verdadeira do crescimento econômico

Clara Rellstab
PIB deve crescer em 2017 (Foto Midiamax)
PIB deve crescer em 2017 (Foto Midiamax)

 

O Produto Interno Bruto (PIB) baiano ficou estável, com variação em volume de 0,1%, na comparação do terceiro trimestre de 2017 com igual período de 2016, segundo estudo divulgado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) – a estimativa para o encerramento do ano de 2017 é de 0,7%, assim como a prevista para o Brasil pelo Banco Central.

Em entrevista ao bahia.ba, Gustavo Pessoti, diretor de Indicadores e Estatística da SEI, explicou que o resultado ainda é baixo e tanto o resultado regional quanto o nacional não indicam uma retomada verdadeira do crescimento econômico. “A gente começa a ver uns sinais de recuperação, que são evidenciados num mercado de trabalho um pouco melhor, numa inflação mais controlada, num maior ritmo de crescimento da agropecuária . É uma taxa equilibrada”, disse.

A estabilidade apresentada no terceiro trimestre, ante mesmo período do ano anterior, é devido ao setor agropecuário (10,9%). Para Passoti, mesmo com a seca no estado, o resultado foi esperado, já que a falta de chuvas interfere de maneira mais forte na agricultura familiar, prejudicando a dinâmica das pequenas safras. “Tivemos chuvas muito boas e bem distribuídas no oeste, no sudoeste – que é a região do café. Vários produtos que tiveram perda em 2016, como é o caso do feijão, se recuperaram”, comenta.

O setor industrial (-0,8%) refletiu, mais uma vez, na baixa taxa do PIB baiano. O diretor acredita que o resultado foi fruto de dois grandes segmentos: a construção civil e a indústria extrativa mineral. O setor de construção se encaminha para um terceiro ano de queda, ocasionado principalmente pela estagnação da construção privada; já a segunda sofre interferência direta da diminuição da extração de petróleo pela Petrobrás, e da relação direta do óleo nos setores químicos e petroquímicos – que são de grande força na Bahia.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.