Publicado em 08/10/2017 às 18h00.

PIB da construção cai 6,6% no primeiro semestre de 2017

Setor é o mais afetado com a crise econômica e perdeu um milhão de empregados com carteira assinada nos últimos quatro anos

Redação
Foto: Romildo de Jesus/ Futura Press/ Estadão Conteúdo
Foto: Romildo de Jesus/ Futura Press/ Estadão Conteúdo

 

Levantamento feito pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), em parceria com a LCA Consultores, aponta que o setor é o componente do Produto Interno Bruto (PIB) que sofreu a retração mais intensa entre todos os segmentos em 2017.

No primeiro semestre, o PIB da construção caiu 6,6%, na comparação com o mesmo período do ano passado, motivo principal do mau resultado geral da indústria (-1,6%).

Desde o segundo trimestre de 2013, a queda acumulada é de 14,3%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto que o PIB total recuou 5,5% nos últimos quatro anos.

No segundo trimestre do ano, o volume de investimentos no país foi de 15,5%, segundo o IBGE, o menor para o período na série histórica iniciada em 1996. Além da crise econômica, que esfriou também o mercado imobiliário, as principais empreiteiras do país sofrem restrições em função de envolvimento nos casos de corrupção desvendados pela Operação Lava Jato.

Apesar do déficit, a construção projeta uma leve recuperação no segundo semestre do ano, a partir da segunda alta mensal em agosto, quando 1.017 novos postos de trabalho com carteira assinada foram criados. No acumulado do ano, o setor contabiliza 30.330 vagas formais.

Atualmente, há 2,21 milhões de trabalhadores empregados na construção, um milhão a menos do que os 3,21 milhões registrados em agosto de 2013.

De acordo com o G1, mesmo com a melhora, o economista da Fundação Getúlio Vargas, Júlio Mereb, estima que o segmento fechará 2017 com queda de 5,7% ante uma alta de 0,8% do PIB nacional.

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