Safra baiana de grãos deve atingir recorde em 2025, aponta IBGE
Estado deve produzir 12,7 milhões de toneladas, crescimento de 12,3% em relação a 2024, apesar de leve queda no algodão

A nona estimativa da safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos), divulgada em setembro pelo IBGE, prevê que a produção do estado deve alcançar o recorde de 12.785.877 toneladas em 2025. O volume representa um crescimento de 12,3% (ou mais 1.404.782 toneladas) em relação a 2024 e de 5,3% frente ao recorde anterior, registrado em 2023 (12.148.058 toneladas).
Em comparação à estimativa de agosto (12.829.202 toneladas), houve leve redução de 0,3%, equivalente a 43.325 toneladas. Essa queda se deveu a uma revisão para baixo na produção de algodão herbáceo, que passou a ter previsão de 1.794.000 toneladas em 2025 — 1,4% a mais do que em 2024, mas 3,8% abaixo da estimativa anterior. A retração ocorreu tanto na área plantada (-1,2%, chegando a 400 mil hectares) quanto no rendimento médio (-2,6%, para 4.485 kg/hectare).
A Bahia segue como o segundo maior produtor nacional de algodão, responsável por 18,3% da safra brasileira, ficando atrás apenas de Mato Grosso, que deve colher 7,16 milhões de toneladas (73% do total nacional estimado em 9,8 milhões de t). As projeções para os demais grãos cultivados no estado permaneceram estáveis entre agosto e setembro.
No cenário nacional, também está previsto um recorde histórico: a produção brasileira de grãos deve atingir 341,9 milhões de toneladas em 2025, alta de 16,8% (ou mais 49,2 milhões de toneladas) em relação a 2024. Frente a agosto, houve variação positiva de 0,2% (+660,9 mil t). Mantidas as previsões, a Bahia deve registrar a sétima maior safra do país, com 3,7% de participação nacional — atrás de Mato Grosso (32,4%), Paraná (13,5%) e Goiás (11,3%).
Mais da metade das safras baianas deve crescer em 2025
Entre os 26 produtos agrícolas investigados pelo IBGE na Bahia, a estimativa de setembro indica que 17 terão aumento de produção em 2025 em relação a 2024. Houve, contudo, duas revisões significativas em comparação a agosto: a cana-de-açúcar apresentou alta de 13,7%, com previsão de 6.241.000 toneladas, superando o resultado de 2024 (5.542.000 t); já o café arábica sofreu queda de 19,4%, passando para 88.800 toneladas, abaixo do ano anterior (104.040 t).
Os maiores aumentos absolutos previstos são os da soja (+1.074.090 t ou +14,3%), da cana-de-açúcar (+699.000 t ou +12,6%) e do milho 1ª safra (+380.910 t ou +24,6%). Por outro lado, as maiores reduções devem ocorrer na produção de tomate (-171.301 t ou -48,4%), feijão 1ª safra (-50.700 t ou -37,0%) e sorgo (-18.510 t ou -11,5%).
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