Publicado em 10/03/2019 às 19h00.

Sem previsão para receber energia da Venezuela, Roraima segue abastecida por térmicas

Sem linhas de transmissão, Roraima depende em grande parte de importações do país

Redação
Foto: Y. Cortez/AFP
Foto: Y. Cortez/AFP

 

Único estado brasileiro desconectado do sistema elétrico nacional, Roraima continua sem receber energia da Venezuela e ainda não há previsão para o restabelecimento.

Conforme informou a empresa local Roraima Energia neste domingo (10), “todas as usinas termelétricas operam desde quinta-feira, atendendo a 100% do estado e podem operar continuamente”.

Metade de seu suprimento de energia no estado parte da usina hidrelétrica de Guri, através de uma linha de transmissão inaugurada em 2001 pelos então presidentes Hugo Chávez e Fernando Henrique Cardoso.

Falhas no fornecimento começaram na quinta-feira (7), quando ocorreu um apagão em massa na Venezuela, este que já dura três dias, deixando o país em uma situação dramática.

A Roraima Energia fez várias tentativas fracassadas de restaurar a conexão com a Venezuela na noite de quinta, após a qual o estado começou a operar exclusivamente pela força dos recursos locais.

As usinas termelétricas fornecem eletricidade a um custo muito mais alto do que a linha de conexão para a Venezuela, cuja geração é hidrelétrica e precisa fornecer diesel com caminhões, neste estado localizado no norte da Amazônia.

Nas redes sociais, os moradores do estado têm reclamado da instabilidade do serviço desde quinta, condição que se tornou mais comum nos últimos anos, com o agravamento da crise venezuelana.

Em 2018, Roraima registrou 85 apagões, dos quais 72 decorreram de falhas na Venezuela, um número recorde, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com informações da Folha de S. Paulo.

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