Publicado em 22/11/2019 às 21h00.

Setor portuário apresenta bom desempenho, mas ainda falta infraestrutura

"É preciso melhorar em termos de infraestrutura. A gente tem um freio devido a nossa capacidade portuária", afirma diretor executivo da Usuport

Rayllanna Lima
Foto: Mila Cordeiro/ AGECOM
Foto: Mila Cordeiro/ AGECOM

 

Apesar de os portos baianos baterem frequentes recordes em faturamento, a produção no setor ainda é vista como “aquém do esperado”, devido a falta de infraestrutura para ampliar a capacidade de atuação nos equipamentos.

Somente no mês de setembro desde ano, segundo informou a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), houve crescimento de 43% no faturamento ante 2018, passando de R$ 11 milhões para R$ 16 milhões.

Os dados animam, mas não muito. Na análise do diretor executivo da Associação de Usuários dos Portos da Bahia (Usuport), Paulo Villa, a capacidade dos portos da Bahia ainda é muito pequena, o que limita a potência de importação e exportação das empresas.

“É preciso melhorar em termos de infraestrutura. A gente tem um freio devido a nossa capacidade portuária. O Porto de Aratu, por exemplo, é muito antigo, então é necessário trocar os equipamentos para ter uma produtividade a nível nacional. A economia baiana tem crescido menos do que o Brasil já por dez anos, e a gente atribui a falta de portos ao fraco crescimento da Bahia. É preciso praticamente triplicar nossa capacidade portuária para poder atender a indústria, a agricultura, a mineração, os serviços de tal sorte que a gente consiga deslanchar”, afirmou.

No período de dez anos, conforme citou Villa, o desempenho do Brasil foi de 16%, enquanto a Bahia cresceu, no mesmo período, 9%.

A relação com a Codeba, contudo, melhorou nos últimos anos. Presidente da Usoport e diretor comercial da Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa), Antonio Rosalvo Filho afirma que a companhia está “no caminho certo” com as ações que já estão sendo feitas, mas também ressaltou que ainda é preciso “avançar muito”.

“Estamos esperando que a logística seja amplamente positiva, dentro do cenário que está se propagando. O governo está falando muito em investimentos, atrair capital externo. Esperamos que realmente se concretize, porque necessitamos desse investimento forte em logística para comercializar nossos produtos. A gente precisa de incentivos, de uma fiscalização mais rápida nos portos. Precisamos agilizar a movimentação das cargas”, disse.

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