Superintendência de Estudos Econômicos aponta crescimento de 2,1% nas exportações baianas
Segundo a SEI, a balança comercial baiana vem conseguindo manter crescimento em comparação ao mesmo período do ano passado

Informações analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) mostram que mesmo com queda da demanda global, as exportações baianas vêm conseguindo manter crescimento em comparação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a superintendência, vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), embora tenham recuado 18,5% em abril (US$ 502,7 milhões) basicamente por conta da contração de 16,2% nos preços dos bens vendidos, as vendas externas no quadrimestre acumularam US$ 2,44 bilhões surpreendendo positivamente, e superando em 2,1% as receitas de igual período de 2019.
“Os volumes embarcados de derivados de petróleo, celulose, soja e algodão no ano registraram crescimento, mais do que compensando a queda de preços decorrente do cenário global atual”, ressalta o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.
Com o resultado de abril, a balança comercial da Bahia acumula um superávit de US$ 928,9 milhões em 2020, contra um déficit de US$ 71,8 milhões registrado em igual período do ano passado. As exportações somam US$ 2,44 bilhões com incremento de 2,1% e as importações em US$ 1,67 bilhão com queda de 32,2%. A corrente de comércio atingiu US$ 4,1 bilhões com retração de 15,3%. Do lado das importações – US$ 1,67 bilhão e queda de 32,2% – há um processo de desaceleração acentuada em curso, refletindo a atividade econômica doméstica semiparalisada.
O aumento das exportações no quadrimestre ocorreu mesmo com uma contração significativa de 21,3% nos preços dos bens vendidos, mas que foi compensado pelo aumento do volume exportado que subiu 29,7%. Mais que dobrou a quantidade embarcada de derivados de petróleo em 102,6%, em função do aumento das compras da Ásia, sobretudo de Cingapura, destino de 95% das vendas do segmento, assim como de papel e celulose (20,2%) com demanda externa aquecida por conta do aumento do consumo de papéis para fins sanitários/higiene em tempos de pandemia; soja e derivados (5,6%) via aumento de produção e da demanda chinesa além do algodão (70,7%) que deve bater recorde de produção e exportação este ano.
Competitividade das exportações
Ainda segundo a SEI, o bom desempenho desses segmentos evidencia a competitividade das exportações, favorecida por uma taxa de câmbio real mais desvalorizada, além de uma demanda mundial resiliente, sobretudo a asiática. As exportações baianas para a Ásia até abril cresceram 31,1% ante igual período do ano passado, atingindo US$ 1,26 bilhão ou o correspondente a 51,8% do total das vendas externas do estado. O volume embarcado para a China teve alta de 40,3%, enquanto para Cingapura o crescimento foi de 243,5%. Por outro lado, caíram 10% os embarques para os Estados Unidos e 33,1% para a Argentina, rebaixados este ano para terceiro e quarto destinos mais importantes para as exportações baianas.
Em movimento inverso, as importações aprofundaram a retração com queda, só em abril, de 39,2% – US$ 353,6 milhões, registrada em quase todas as categorias de uso. Houve recuo nas compras de combustíveis (-86,5%), bens de consumo (-67%) e bens intermediários (-30,1%). Somente a categoria de bens de capital cresceu 26,3%, influenciado por compras maiores de equipamentos de transporte de carga e células solares.
A retração das importações no ano reflete não somente a contínua desvalorização cambial como também a baixa demanda de intermediários pela indústria e os efeitos das medidas de isolamento social na demanda doméstica e no nível de atividade. Uma reversão no comportamento das compras externas, depende de uma recuperação da economia e do consumo doméstico, o que por enquanto não se vislumbra no horizonte, dada as incertezas da pandemia.
Mais notícias
-
Economia
18h37 de 14/07/2025
Dólar sobe a R$ 5,58 com tensão sobre tarifas dos EUA e retração na economia brasileira
No acumulado de julho, moeda já registra alta de 2,76%
-
Economia
16h51 de 14/07/2025
Exportações brasileiras para os EUA caem pela metade em duas décadas, aponta FGV
No mesmo período, a China consolidou-se como principal parceiro comercial do Brasil, ampliando sua fatia de 3,3% para 28%; veja números
-
Economia
16h40 de 14/07/2025
Governo da Bahia e FIEB discutem impactos da taxação imposta pelos EUA
Um grupo de trabalho foi criado visando proteger a economia baiana
-
Economia
10h33 de 14/07/2025
Dólar opera em alta nesta segunda (14), com tarifas de Trump ainda em foco
A decisão do presidente americano de taxar em 30% os produtos importados da UE impactou o mercado internacional
-
Economia
10h28 de 14/07/2025
Deputado alerta para danos ao agronegócio após tarifaço de Trump
Ligado ao setor, deputado Eduardo Salles diz estar "preocupado" com medidas anunciadas pelo presidente norte-americano
-
Economia
14h00 de 13/07/2025
Embraer fecha venda de 45 jatos para a Dinamarca em acordo de R$ 21,8 bilhões
Esse é o maior contrato firmado com um único fabricante pela companhia aérea desde 1996
-
Economia
11h00 de 13/07/2025
Mega-Sena acumula e próximo prêmio vai a R$ 46 milhões
As dezenas sorteadas foram: 14 – 29 – 30 – 50 – 53 – 57
-
Economia
20h30 de 12/07/2025
Montadoras credenciam carros compactos para obter IPI Zero
Medida integra o programa Carro Sustentável
-
Economia
15h00 de 12/07/2025
Mega-Sena sorteia prêmio acumulado neste sábado; saiba o valor
Apostas podem ser feitas até as 19h, horário de Brasília
-
Economia
18h35 de 11/07/2025
Dólar fecha quase estável, mas acumula alta de 2,28% na semana após tarifa de Trump
Durante o dia, a cotação chegou a se aproximar novamente dos R$ 5,60