Publicado em 13/08/2025 às 10h42.

Vendas do varejo baiano caem 0,7% de maio para junho

Queda é a segunda seguida; no semestre, avanço foi de 0,6%, abaixo da média nacional

Redação
Foto: Luzia Luna/Ascom SEI

 

De maio para junho de 2025, as vendas do varejo na Bahia caíram 0,7%, na comparação livre de influências sazonais (que desconsidera os efeitos de eventos recorrentes, como Natal, Dia das Mães etc.). O estado apresentou o segundo resultado negativo consecutivo neste indicador.

O comércio baiano teve, novamente, desempenho pior do que o do Brasil como um todo, onde também houve variação negativa das vendas entre maio e junho (-0,1%), com quedas em 15 das 27 unidades da Federação, sendo as mais intensas em Tocantins (-4,1%), Piauí (-3,2%) e Amapá (-2,6%). Paraná (2,6%), Roraima (2,2%) e Santa Catarina (1,1%) apresentaram os maiores crescimentos no comparativo. O resultado da Bahia foi o 22º.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.

Na comparação de junho/25 com junho/24, as vendas do varejo na Bahia se mantiveram em alta (1,1%), registrando o terceiro avanço seguido nessa base de comparação. O desempenho superou o nacional (0,3%), mas ficou apenas em 17º lugar entre os 19 estados com crescimento. Mato Grosso (4,6%), Alagoas (4,0%) e Paraíba (3,6%) tiveram os maiores avanços.

No acumulado do 1º semestre de 2025, as vendas do varejo baiano cresceram 0,6% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado ficou aquém da média nacional (1,8%) e foi o segundo menor entre os 24 estados com variações positivas, acima apenas do Pará (0,3%). Amapá (7,8%), Santa Catarina (6,2%) e Paraíba (6,2%) registraram os maiores crescimentos.

Nos 12 meses encerrados em junho, as vendas do varejo baiano subiram 2,9%, acima do indicador nacional (2,7%), ocupando a 17ª posição entre os estados — 26 apresentaram alta, liderados por Amapá (11,0%), Paraíba (9,9%) e Rio Grande do Sul (6,2%). O Rio de Janeiro foi o único com variação negativa (-0,8%).

No 1º semestre, 4 das 8 atividades do varejo baiano cresceram

No 1º semestre de 2025, quatro das oito atividades do varejo restrito (que exclui automóveis, material de construção e atacado de alimentos) registraram aumento nas vendas na Bahia. O maior avanço veio dos artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,9%), que puxaram o comércio para cima. O setor teve resultados positivos em cinco dos seis primeiros meses do ano, com variação negativa apenas em maio (-0,2%).

Móveis e eletrodomésticos apresentaram o segundo maior crescimento acumulado (2,0%), influenciando positivamente o desempenho do varejo baiano, com alta em quatro dos seis primeiros meses.

Entre as atividades em queda, destacaram-se equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-24,0%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-20,3%). O setor de informática recuou em cinco dos seis primeiros meses, enquanto as livrarias acumulam retrações seguidas há 29 meses, desde fevereiro de 2023.

Varejo ampliado tem queda no semestre e no ano

De maio para junho de 2025, as vendas do varejo ampliado na Bahia caíram 2,4%, segunda queda consecutiva nessa comparação livre de efeitos sazonais. O desempenho foi próximo ao nacional (-2,5%), com recuos em 20 dos 27 estados. A Bahia teve o quinto pior resultado.

Na comparação junho/25 com junho/24, as vendas do varejo ampliado baiano caíram 4,4%, quarta queda seguida e a quarta mais intensa do país, empatada com o Distrito Federal, enquanto a média nacional foi de -3,0%.

No 1º semestre de 2025, o comércio varejista ampliado baiano acumulou retração de 2,4% frente ao mesmo período do ano anterior, pior que o resultado nacional (alta de 0,5%) e o terceiro pior do país, à frente apenas de Goiás (-4,0%) e Maranhão (-3,6%).

Nos 12 meses encerrados em junho, as vendas do varejo ampliado na Bahia subiram 0,8%, abaixo da média nacional (2,0%) e apenas o 22º avanço entre os estados.

O varejo ampliado inclui veículos, motos, peças, material de construção e atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo (“atacarejos”). No semestre, o atacado de alimentos recuou 23,1% e materiais de construção caíram 3,1%, enquanto as vendas de veículos cresceram 7,6%.

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