Geraldo chama ACM Neto de ditador e diz que rompeu com ex-prefeito por não gostar de tomar esporro
Em entrevista, prefeiturável do MDB também voltou a ligar Bruno Reis a Bolsonaro, a quem já se referiu como 'amigo', enquanto diz fazer parte do 'time' de Lula
O candidato a prefeito de Salvador Geraldo Júnior (MDB) chamou ACM Neto (União Brasil) de “ditador” e afirmou ter rompido com o ex-prefeito por não gostar de levar esporro. Chamado de “oportunista” e “traidor” por se aliar a Jerônimo Rodrigues (PT), de quem hoje é vice-governador, o emedebista deu a declaração em entrevista ao jornal A Tarde.
“A democracia é a arte de saber respeitar. Ao contrário do soberano e ditador ex-prefeito e do atual prefeito [Bruno Reis], nós respeitamos decisões. Nunca me preocupei em ser liderado e nunca gostei de tomar esporro e ser chefiado. Tomei a sábia decisão em 2022, e eles tentam criticar. Mas a máscara vai cair. Quando tomei a decisão, eu e Jerônimo tínhamos 13,75% nas pesquisas, contra mais de 65% do ex-prefeito, que já dizia ser o governador da Bahia. Nós ganhamos. Eles não se acostumaram com isso e ficaram na ideia de manipular o processo político”, afirmou Geraldo.
Na entrevista, Geraldo voltou a repetir a estratégia de ligar Bruno Reis a Bolsonaro, enquanto diz fazer parte do “time” do presidente Lula.
“Temos duas candidaturas em Salvador: a do atual prefeito, que sempre foi bolsonarista e agora assumiu de vez o bolsonarismo e o negacionismo, e a nossa, de Geraldo Júnior e Fábia Reys, que é do presidente Lula. Ele [Bruno Reis] trouxe para sua base de sustentação aliados de Bolsonaro na Bahia e em Salvador. E essas ações estão no seu programa de governo”, afirmou candidato, que, apesar das críticas, já se disse amigo de Flávio Bolsonaro, um dos filhos do ex-presidente.
Ao apontar problemas socioeconômicos da capital, Geraldo afirmou que, se eleito, pretende alterar a política fiscal aplicada hoje pelo Executivo municipal, o que, segundo ele, estaria dificultando a geração de emprego e renda.
“Nós temos que estabelecer uma política fiscal, nós temos que gerar emprego e renda na cidade do Salvador. Salvador é a capital da desocupação e do desemprego. Mas não é só isso que concebe o investimento numa cidade. Nós temos que estabelecer uma política de fortalecimento das ações da economia criativa, da economia solidária.”
Para Geraldo Júnior, a população de Salvador possui talentos que não são potencializados pelas ações da prefeitura. E afirma que os soteropolitanos só precisam dos incentivos corretos do poder para conseguir prosperidade financeira.
“Nós temos que estabelecer uma política da economia popular, nós temos que aproveitar a oportunidade e estabelecer o que é talento, transformar o talento das pessoas em dinheiro no bolso. As pessoas querem prosperar”, disse.
“Não dá para a distribuição da riqueza ficar numa pequena parcela da população. A política de desenvolvimento econômico está atrelada ao desenvolvimento com sustentabilidade, com responsabilidade”, afirmou Geraldo.
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