Publicado em 26/02/2024 às 22h20.

Geraldo Jr: ‘Salvador precisa deixar de ter um gerente para ter um prefeito’

A declaração foi dada em entrevista ao POD13, videocast do PT Bahia, exibido nesta segunda-feira (26)

Redação
Foto: Divulgação/Ascom PT Bahia

 

O vice-governador e pré-candidato à Prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior, disse estar confiante em sua vitória nas eleições de 2024 para transformar a capital baiana em uma cidade com mais desenvolvimento e igualdade.

A declaração foi dada em entrevista ao POD13, videocast do PT Bahia, exibido nesta segunda-feira, 26. “Salvador vai me fazer prefeito dessa cidade”, destacou, ao falar que sua gestão terá participação social e políticas inclusivas.

Na entrevista, conduzida pelo presidente do PT, Éden Valadares, e pelo escritor e jornalista Emiliano José, Geraldo disse que se aliar à esquerda foi a decisão mais acertada da sua vida e não poupou críticas à atual gestão de Bruno Reis, que é marcada pela desigualdade social, carência de escolas do ensino fundamental que só funcionam porque são custeados pelo governo Jerônimo.

O pré-candidato também reprovou a especulação imobiliária, a deterioração das áreas verdes e enfatizou que a capital é uma cidade mal planejada e constituída basicamente de concreto, além de reprovar o sistema de transporte público, que considera caótico e que tanto prejudica a população.

“Se a gente for falar de transporte público, Salvador tem uma das passagens mais caras do país e um péssimo serviço. Mobilidade urbana em Salvador o que não faz o poder municipal, faz o estadual”, disse, usando como exemplo o metrô. Sobre o modal BRT, Geraldo disse que as audiências públicas foram apenas para “constar” e que não houve um debate, de fato, com a população.

“Salvador precisa deixar de ter um gerente para ter um prefeito, Salvador precisa de um prefeito que não precisa pedir licença para entrar na sala do governador ou do presidente da República”, disse Geraldo, ao falar sobre a importância de ter um gestor aliado ao governador Jerônimo Rodrigues e ao presidente Lula.

“A gente precisa de um prefeito que dê atenção às unidades básicas de saúde, que têm a pior cobertura do país. Salvador é a capital do desemprego. Nós precisamos de uma Salvador que cuide da educação infantil, que construa creches. São 72 mil crianças, 72 mil jovens da educação fundamental, que é de responsabilidade do prefeito, mas sabe quem toma conta? O Estado, o governador Jerônimo Rodrigues”, acrescentou o vice-governador.

Ao destacar que é um homem e um político que está sempre disposto a aprender, Geraldo afirmou: “Eu só fui entender o que é cuidar de gente depois da decisão de mudar de grupo político”. O vice-governador disse que vivia numa “bolha política”, liderada pelo candidato derrotado ao Governo do Estado, ACM Neto, e que se sentia “aprisionado”.

Com a mudança, Geraldo frisou que teve um “sentimento de libertação, de alívio, liberdade”, que é e sempre foi acolhido, tem autonomia e é ouvido. “Qual vice-governador já assumiu tantas vezes o Governo, com caneta, com autonomia, com independência?” disse Geraldo, que afirmou: “Eu me redimensionei na minha vida pessoal e familiar. A minha vida familiar é outra, minha vida pessoal é outra. E falo isso com emoção”.

Geraldo disse ainda que enquanto a base do PT tem um líder político, que toma decisões coletivas, o grupo ao qual pertencia tem “chefe”. “Nesse grupo as pessoas se ouvem, elas se escutam. Nesse grupo há democracia, há respeito”, disse Geraldo, ao criticar o autoritarismo do grupo opositor.

“Tem apenas um cacique que decide o processo, mas é para tudo e em função de tudo, inclusive nas matérias que tramitam na Câmara Municipal”. Geraldo destacou, no entanto, que enquanto vereador e presidente da CMS, lutou por decisões que seguem o preceito constitucional, e que sua busca pela autonomia dos poderes foi um dos motivos que o levou a tomar a decisão de mudar de grupo.

 

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