Publicado em 30/10/2024 às 09h42.

Gilmar Mendes celebra eleição sem ‘lero-lero’ sobre ilegitimidade das urnas

Segundo o ministro, isso ocorreu porque não houve um "incentivador desse ambiente"

Redação
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou que o grande destaque das eleições municipais deste ano foi a ausência do “lero-lero” sobre o funcionamento das urnas eletrônicas. Segundo o decano, isso ocorreu porque não houve um “incentivador desse ambiente”.

“Aquela toada em torno das ameaças que constituíam para a democracia as urnas eletrônicas, esse lero-lero, já não se repetiu. Porque já não havia algum incremento, algum incentivador desse ambiente. E em duas horas e quinze, no processo eletrônico, nós tivemos o resultado das eleições”, afirmou o magistrado.

Segundo matéria do InfoMoney, a declaração foi feita na terça-feira (29), durante a abertura de um congresso do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), instituição educacional fundada por Gilmar. O decano da Suprema Corte destacou que, no pleito municipal, não houve questionamentos sobre a legitimidade das urnas no plenário do STF, enfatizando que mesmo em casos de resultados apertados, não houve dúvidas sobre a segurança do sistema.

“Tivemos pleitos extremamente acirrados. Para falar apenas em um: o caso de Fortaleza. Ontem (segunda-feira) eu recebi uma mensagem de que um desses chamados nanicos se arvorara na condição de ter sido decisor no caso, porque tivera 9 mil votos e foi apoiar o vencedor”, afirmou.

Na eleição mencionada, o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão (PT), venceu o deputado federal André Fernandes (PL) no segundo turno por uma diferença de 10.838 votos.

As falas do ministro vêm em linha com o comentário feito pela presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Cármen Lúcia, que celebrou o fato de as eleições terem sido “monótonas”. “Foi muito monótona, democraticamente monótona. E nós queremos a monotonia democrática como normalidade institucional e política no país”, disse a magistrada.

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