Publicado em 01/04/2024 às 12h13.

Prefeito crava eleição de 35 vereadores e tenta findar entraves na formação de chapa

A cinco dias para o fechamento da janela partidária, Bruno Reis (União Brasil) buscar solucionar quebra-cabeça na realocação de vereadores de mandato

Fernanda Chagas / Gabriela Araújo
Foto: Betto Jr./Secom/Prefeitura de Salvador

 

A quatro dias para o fechamento da janela partidária, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) segue tentando montar o quebra-cabeça sobre a realocação dos vereadores de mandato que devem trocar de partido para disputar a reeleição. Apesar dos entraves que o chefe do Palácio Thomé de Souza vem enfrentando na equação das siglas entre os parlamentares, até o momento, ele nutre uma única certeza: que elegerá 35 vereadores da sua base na Câmara Municipal de Salvador (CMS) em 2025.

“Tenho certeza que nós vamos fazer a eleição de 35 vereadores, nós recebemos, nos últimos dias, a adesão de diversos suplentes e diversas lideranças que estavam em partidos do lado de lá, de lideranças que estão reconhecendo o trabalho de Salvador e querem contribuir para os avanços da cidade”, afirmou ao bahia.ba, nesta segunda-feira (1º), após assinatura da ordem de serviço para construção da Arena Multiuso, na Boca do Rio.

A pretensão definida por Reis se assemelha aos números de parlamentares que o apoiam atualmente na Casa Legislativa. Durante a conversa, o gestor municipal ainda estimou que deverá receber outros apoios, assim que bater o martelo sobre a sua reeleição, que poderá ser anunciada em abril, conforme já garantiu à imprensa. “Essa semana, vamos seguir com mais novas adesões e na medida que eu decida se serei candidato, receberei apoios de partidos importantes”, acrescentou.

Conforme adiantado pelo bahia.ba, o nome de dois vereadores vem enfrentando resistência na mudança de sigla. Dentre eles, estão o vereador Sidninho (Podemos), que mantém o desejo incessante de seguir os passos do presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Carlos Muniz (PSDB), e se filiar a legenda tucano. No entanto, ele esbarra com as portas fechadas da legenda e a resistência do Cidadania, que compõe a federação, e dificulta a concretização da sua vontade. Já o vereador Alexandre Aleluia (PL) sonda um partido que o abrigue.

Questionado sobre o assunto, Reis atestou que está em busca das melhores alternativas para que nenhum dos seus aliados sintam-se desprestiagiados com as suas articulações com os presidentes partidários sempre com “equilíbrio e harmonia”.

“Não é só Sidninho e Aleluia, existem outros vereadores que também estão na expectativa para qual partido vão disputar a reeleição e nós estamos construindo isso, de forma tal como eu disse, que haja equilíbrio e condições tanto para os vereadores de mandato como quem está chegando agora e quem já bateu na trave e quase entrou, possa dessa vez entrar”, disse.

E continuou: “Tenho tido [as conversas] de forma permanente. Essa equação já está montada, as decisões já foram tomadas e nós estamos em curso, operalicionalizando. Então, isso é construção, conversa. […]. Vamos atender as expectativas dos presidentes de partido que estão na nossa aliança e permitir que os vereadores tenham condições de disputar uma reeleição como os candidatos novos, suplentes de vereadores e líderes comunitários possam realizar o seu sonho de ser vereador”.

Últimos ajustes

A janela partidária, que permite que vereadores de mandato possam trocar de partido, abriu no último dia 7 de março e encerrará na próxima sexta-feira (6). Durante coletiva de imprensa, o chefe do Executivo municipal ainda comentou sobre os últimos ajustes que vem fazendo para montar uma chapa proporcional de candidatos ‘fortes’ para disputar um assento na CMS em outubro.

“Os nossos candidatos, os nossos aliados todos estão do nosso lado, os presidentes de partidos sabem o quanto eu tenho me dedicado nos últimos dias e até sexta-feira. […].  O que estou construindo é a harmonia para a minha base, como já fiz no passado, em outros momentos, nós compatibilizamos outros partidos que estavam na nossa aliança, com fé em Deus com muito trabalho, equilíbrio, inteligência e sabedoria pacificar a todos e atender a expectativa de todos”, ressaltou.

O prefeito contou também que vem dividindo o seu tempo entre entregas institucionais e política para que antes da finalização da janela consiga “apaziguar” os ânimos dos seus aliados.

“É verdade que a semana será marcada por grandes entregas, amanhã vamos inaugurar a maior escola que a prefeitura já construiu na história de Salvador e vai até sexta-feira com mais uma etapa do Mané Dendê. Vamos está na agenda administrativa entregando os presentes para a cidade, mas também dedicadas a essas mudanças finais e as articulações finais, com certeza e convicção, que no final iremos apaziguar toda a nossa base”, concluiu.

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