Publicado em 16/10/2024 às 18h32.

PT critica Graeml e faz Bolsonaro reforçar apoio à candidata em Curitiba

Bolsonaro se irritou com campanha do candidato de Ratinho Jr e avalia que tem sido atacado “gratuitamente” em materiais críticos a Graeml

Redação
Foto: Redes sociais

 

A nova ofensiva do PT contra Cristina Graeml (PMB) fará Bolsonaro se engajar ainda mais na campanha da jornalista, que disputa a Prefeitura de Curitiba. O ex-presidente da República já demonstrava irritação por ser alvo do que considera “críticas gratuitas” do outro candidato que disputa o segundo turno, o vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), que se declara de centro-direita. A informação é de uma matéria do Metrópoles.

O deputado federal Zeca Dirceu, nas redes sociais, afirmou que Graeml “é o caminho do caos” e “representa a negação da política, do ser humano, da ciência e da empatia com as necessidades do povo”. Como o parlamentar foi líder do PT na Câmara, a crítica foi vista como um sinal de apoio petista a Pimentel. Dessa forma, Bolsonaro considerou que não pode correr o risco de ficar “no mesmo barco” do partido que considera seu arquirrival.

O Metrópoles aponta que no primeiro turno, o PT apoiou Luciano Ducci (PSB), que terminou com 19,44% dos votos válidos. A missão dos petistas, agora, é convencer os eleitores que votaram em um partido de centro-esquerda a votar em Pimentel, um nome de centro-direita que representa a atual administração da cidade. Eduardo Pimentel é o candidato apoiado pelo governador Ratinho Jr., seu correligionário. O empresário tem em sua coligação partidos como o Novo e o próprio PL de Bolsonaro. Mas Graeml conseguiu avançar sobre o eleitorado bolsonarista durante o primeiro turno, o que levou o atual vice-prefeito a moderar o discurso e buscar eleitores de centro. No segundo turno, ele também quer o apoio do eleitorado de centro-esquerda.

Segundo com aliados, a decisão de Bolsonaro de apoiar Graeml também é uma aposta. Ela é candidata de um partido pequeno, sem representação no Congresso e sem lideranças políticas expressivas. Ou seja, uma eventual vitória da jornalista seria atribuída à influência do ex-presidente. O mesmo não aconteceria se ele decidisse apoiar Pimentel, que faz parte do PSD de Kassab e conta com o apoio de outras legendas de peso, acrescenta o Metrópoles.

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