Publicado em 27/08/2024 às 13h46.

PT e União Brasil protagonizam disputa na Bahia, mas participação feminina ainda patina

Prefeituráveis Marivalda, aliada de Jerônimo, e Débora Regis, correligionária de ACM Neto, representam apenas uma minoria das mulheres entre ocupantes da cabeça de chapa

Alexandre Santos
Foto: Instagram/@marivaldadasilva13/Assessoria/Débora Régis

 

A participação feminina na corrida pelas prefeituras das principais cidades da Bahia ainda é tímida e ofuscada por um universo majoritariamente masculino, numa disputa protagonizada hoje entre o PT e o União Brasil. Dos 157 nomes que concorrem aos Executivos municipais pelo partido do governador Jerônimo Rodrigues e do presidente Lula, elas representam apenas 20% do total de postulantes, com 32 pedidos de candidatura, de acordo com levantamento do bahia.ba com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Na comparação com as eleições de 2020, o índice é 23% inferior, já que a sigla lançou 35 mulheres naquele ano.

Atual vice-prefeita de Candeias, cidade da região metropolitana, Marivalda da Silva (PT) é uma das exceções à regra no pleito deste ano: ela rompeu com o prefeito Dr. Pitágoras (PP) e concorre contra Eriton Ramos, ungido pelo agora ex-aliado como possível sucessor.

No embate pelos Legislativos municipais, as postulações femininas do PT atingem 36% (941). Em 2020, foram 1.235 postulações de mulheres, uma queda de aproximadamente 77% de um período para o outro.

Sob o comando do ex-prefeito ACM Neto, o União Brasil soma ao todo 81 concorrentes a prefeito —19 em busca de um segundo mandato, dentre eles um nome masculino: Bruno Reis, na capital. O afilhado do cacique político tem como principal adversário Geraldo Júnior (MDB), aposta do PT.

Apenas 13 mulheres do União Brasil (16,05 %), porém, postulam cadeiras nos Executivos baianos, ante 15 (15,79 %) em 2022. Figura entre essas candidaturas a vereadora Débora Regis, que mira o posto de prefeita de Lauro de Freitas, ocupado hoje por Moema Gramacho (PT). O petista Antônio Rosalvo também está no páreo.

No computo geral, são 14 postulações a menos que em 2020, quando a legenda —à época, DEM— teve 95 prefeituráveis, 15 destes femininas.

Já na briga por um assento nas Câmaras Municipais, o partido de ACM Neto oficializou em 760 candidaturas femininas (33,99 % do total), um contingente 15% menor do que em 2020, quando somou 898.

 

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