Publicado em 30/12/2023 às 07h20.

BaianaSystem agita ‘pirataria’ e revela planos para Carnaval 2024

A banda foi a terceira atração da noite de sexta-feira (29), segundo dia do Festival

Redação
Foto: Bruno Concha/Secom PMS

 

O Navio Pirata da banda BaianaSystem desembarcou na Arena Daniela Mercury, localizado no bairro da Boca do Rio, para a segunda noite de festa do Festival Virada Salvador. Conhecida pela mistura de ritmos, com influências da cultura do Sound System e do samba-reggae, a banda agitou a noite e colocou uma multidão para pular ao som das músicas “Capim-Guiné”, “Lucro” e “Sulamericano”.

Antes da apresentação, o guitarrista Beto Barreto contou um pouco sobre os planos para o Carnaval, durante coletiva de imprensa. “A gente vai fazer o Furdunço, abrindo o Carnaval, e esse ano é o décimo ano que a gente participa dessa festa, que vai ser no dia 4 de fevereiro. Depois a gente participa também da abertura do Carnaval na quinta-feira em um encontro de trios na Praça Castro Alves”, disse na sexta-feira (29).

Tocando pela primeira vez no Festival, o vocalista Russo Passapusso ressaltou a importância da apresentação no bairro onde morou. “Eu morei na Boca do Rio grande parte da minha vida, Alto de São Francisco, em alguns lugares, e a minha formação vem da Boca do Rio. É muito importante falar dos artistas deste bairro, da Praia dos Artistas. Mesmo quando eu não sabia, cheguei do interior para morar aqui, eu já percebia, conscientemente, que eu já estava respirando algo que não tinha por que, mas tinha a ver com a raiz, que eu não sabia que estava acontecendo. Aqui é um celeiro artístico de muita força”.

“A Boca do Rio para mim tem uma importância maior. Para mim, é muito emocionante hoje. No outro dia eu passei aqui e tinha uma galera passando o som e eu lembrei que ficava numa esquina aqui, eu ficava com os caras, tinha um violão, não tinha; tinha um beatbox, não tinha; tinha rima, não tinha; e a arte veio salvando a gente. Eu acho que a Boca do Rio já respira isso e salva muita gente. O investimento em arte na Boca do Rio tem que ser multiplicado, capoeira nas escolas e bola para frente”, complementou Passapusso.

Sobre a quantidade de público que acompanha a banda no Furdunço, que é muito grande, e a possibilidade de ampliar o tamanho do trio, o cantor rebateu: “Acho que o tamanho do trio não é documento e tem a ver com a saúde sonora, com a relação de conseguir lidar com os outros sem fazer brigas, sem fazer essa disputa”.

“Eu acho interessante esse mar de gente, que a gente ama, em que muitas vezes as pessoas que estão lá no fundo não estão ouvindo o som, mas elas estão sendo energizadas pelas outras. Você consegue entender o espectro sonoro através disso. Eu falo aqui, você ouve primeiro, depois a pessoa que está atrás ouve, a que está mais atrás ouve, e aí elas pulam e criam essa estética e a história toda”, explicou.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.