Publicado em 22/10/2025 às 14h20.

Flica 2025 celebra música e ancestralidade com grandes nomes nos palcos

Festa Literária Internacional de Cachoeira abre amanhã com programação que une ritmos baianos, memória e resistência cultural

João Lucas Dantas
Foto: Jairo Macário/ Assessoria

 

Com abertura oficial amanhã (23), às 9h, na Tenda Paraguaçu, com a presença de autoridades, a FLICA – Festa Literária Internacional de Cachoeira faz a cidade voltar a pulsar no ritmo da cultura até domingo (26).

A festa, que transformou o Recôncavo em um dos principais polos culturais da Bahia, vai unir literatura, música, memória e ancestralidade. Um dos destaques será a programação artística, que promete emocionar e colocar o público para dançar nos Palcos Ritmos e Raízes.

Sob a curadoria do músico Linnoy Nonato, a programação deste ano traz artistas que representam a essência da música baiana e reafirmam a força da oralidade como forma de literatura viva.

“As atrações escolhidas carregam a identidade, a ancestralidade e a resistência cultural da Bahia. Cada um, com sua linguagem musical, representa raízes profundas que dialogam com o povo, com a memória e com a história do Recôncavo”, destaca o curador.

Samba-reggae, axé e MPB

A abertura do Palco Ritmos acontece na quinta-feira (23), a partir das 21h30, com a performance teatral do artista Ruan Passos e o show do Coral Afro da Bahia, que recebe Mateus Aleluia Filho em um tributo emocionante ao legado do grupo Os Tincoãs.

Na sexta (24), a partir das 20h30, Lazzo Matumbi se apresenta ao lado de Márcia Short, em um espetáculo que celebra a identidade e a afetividade negra. No sábado (25), o grupo Adão Negro convida o cachoeirano Sine Calmon, seguido pelo trio Autorais, formado por Tonho Matéria, Jorge Zárath e Tenison Del Rey, encerrando a noite com clássicos do samba-reggae, axé e MPB.

A diversidade sonora do Recôncavo

Com uma programação paralela dedicada à nova cena musical baiana, o Palco Raízes também promete grandes encontros. Na quinta-feira (23), o público confere as apresentações de Juacy Ypsilone e Éllen Wilson.

Já na sexta (24), sobem ao palco Maira Lins e JP Castelhano (JP Boka Groove). O sábado (25) será de mistura e participação popular, com Reina & Alvenaria FC e o cantor Amarildo Fire, que vai promover o FLICAOKÊ.

O encerramento, no domingo (26), começa a partir das 13h, com o grupo de dança de rua EX13, o Samba de Roda Filhos do Caquende, seguido por Brotou Samba, Paco Duarte e Juninho Cachoeira, além do cortejo “Bye Bye FLICA”, que sairá ao meio-dia da Tenda Paraguaçu, levando um arrastão cultural pelas ruas da cidade.

Música e literatura: um diálogo vivo

Inspirada pelo tema “Cantando Nossa História – Música, Memória, Ancestralidade e Resistência”, a curadoria artística da FLICA 2025 reforça a relação entre música e literatura como expressões complementares da identidade do povo baiano.

“Essas atrações dialogam com a FLICA por meio da oralidade, da tradição e da potência poética de suas músicas. A literatura está presente nas letras, nas histórias que carregam e nas mensagens que transmitem”, explica Linnoy Nonato.

De acordo com o curador, os shows ampliam o alcance da festa literária e fortalecem o eixo cultural do evento. “Eles transformam o espaço literário também em um espaço de escuta, dança, afeto e pertencimento”, completa.

João Lucas Dantas
Jornalista com experiência na área cultural, com passagem pelo Caderno 2+ do jornal A Tarde. Atuou como assessor de imprensa na Viva Comunicação Interativa, produzindo conteúdo para Luiz Caldas e Ilê Aiyê, e também na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador. Foi repórter no portal Bahia Econômica e, atualmente, cobre Cultura e Cidade no portal bahia.ba. DRT: 7543/BA

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Settings ou consulte nossa política.