BK’ fala sobre participação no Festival Rap Feelings e retorno aos palcos
Artista conversou com o bahia.ba sobre projetos futuros e expectativas para evento


Em entrevista ao bahia.ba, o cantor, compositor e rapper Abebe Bikila, conhecido como BK’, um dos nomes mais e influentes do cenário do rap brasileiro, falou sobre sua participação no Festival Rap Feelings, que vai acontecer neste sábado (22), em Itacaré, na Bahia, e sobre seus últimos trabalhos produzidos antes e durante a pandemia de Covid-19.
Expectativa para o Festival Rap Feelings
Salvador é um lugar que você vê muito preto, é maneiro demais, parece que você está em certas partes do Rio de Janeiro, você se sente em casa. A minha vontade de estar em Itacaré é de entregar um show maneiro para a gente voltar mais vezes.
Repertório para o show
Nessa minha volta aos palcos, como tem muita gente que não conseguiu ver shows por causa da pandemia, ou então por eu não ter feito show ainda, quero trazer um pouco de cada. Tem fãs que gostam mais da época de ‘Gigantes’, que foi um álbum de 2018, então vou trazer um pouco; tem fãs que gostam de ‘Castelos & Ruínas’, vou trazer um pouco; mas acho que o foco dessas últimas apresentações tem sido o álbum ‘O Líder em Movimento’, mas vou dar uma misturada com tudo, como eu lancei um EP recentemente também. Acho que vou passear mais pelo EP e o álbum ‘O Líder em Movimento’, mas vou agregar com coisas dos outros álbuns também. As faixas principais dos outros álbuns têm que ter, ‘Planos’ tem que ter, ‘Amor’ tem que ter, vou passear, mas com foco no EP e no último álbum.
Retorno aos palcos
Estamos fazendo os shows dentro das medidas de segurança, da melhor forma possível. Fiz show na semana retrasada para galera sentada que era a forma de acontecer no local, era a medida de segurança de lá, dentro dessas possibilidades. É real o que eu amo fazer, é onde eu vejo que o trabalho todo vale a pena, é onde eu me divirto. Para mim o melhor momento realmente é o show, então, está podendo fazer o que você realmente gosta é prazeroso demais. No começo aquela ansiedade, será que eu ainda sei fazer? Estou quase dois anos sem fazer shows, é tipo uma criança parada, mas a gente voltou bem demais, está rolando bem demais, estou me divertindo muito, estou gostando. Todos shows que fiz até agora foram incríveis, históricos, então eu quero que em Itacaré seja uma noite especial, tanto para mim quanto para quem vai estar curtindo.
Inspirações para novo EP – ‘Cidade do Pecado’
Principalmente nesse momento de pandemia, a gente não podia viver tanto, a Cidade do Pecado (nome do EP), ainda tem muitas vivências, muitas histórias, mas por conta da pandemia, a gente não podia viver tanto aquilo. Na falta de viver tanto daquelas coisas, de viver da noite, de viver do dia, eu comecei a pensar muito nisso. A partir daí, eu tive a ideia de criar algo relacionado à noite. Nessas vivências de relacionamentos, fui tentando costurar um conceito, fui juntando com os lances da cidade, que é o que o capitalismo faz, faz a gente consumir muito as coisas. Juntando essas pautas das vivências e o que a cidade faz com a gente, que faz desejar muita coisa, então mesclei essas duas coisas e consegui criar a ‘Cidade dos Pecados’. A faixa leva o nome EP porque a galera conseguiu se identificar com quem está vivendo a noite, quem está curtindo as paradas, com quem vai em resenha, a gente brinca muito aqui, as resenhas, as festas, então ela tinha que ser o carro chefe do trabalho.
Projeto Celebrando Origens
Como artista, subi mais um degrau por causa das pessoas que eu estava. Martinho da Vila… não tenho nem o que falar, é um professor, é um mestre, é um clássico. Estar com um cara daquele do seu lado é inspirador demais. Léo Santana é outro cara que tem um trabalho incrível, achei ele muito responsa, não conhecia ele, grandão, cheio de marra, tranquilão, gente boa demais. Quem eu já conheço há mais tempo, mas não consegui criar algo antes, por conta de agenda e de várias coisas, é Mahamundi. Eu gosto muito da Mahmundi, ela é uma artista incrível, e foi maneiro que a gente bateu a bola certinho, a gente que criou, a gente escreveu a letra, eu e a Mahmundi juntos. É uma realização na carreira pessoal, é bom demais você estar podendo chegar em outros lugares.
Origem do nome Abebe Bikila
É um nome de origem etíope, significa homem abençoado. Toda a minha família tem nome de matriz africana, a partir da minha geração pra cá, o meu é Abebe Mikila; o do meu irmão é Kalebe. Kalebe já é mais comum, mas é isso, em homenagem a um maratonista, que foi o primeiro maratonista da Etiópia a ganhar uma medalha de ouro correndo descalço, então já era um cara que trazia ali muita garra, muita força de vontade. Então minha mãe passou esse nome para mim, espero não ter ganhado só a homenagem, mas também ter herdado essa garra e essa força de vontade.
Projetos futuros
Tenho alguns singles para lançar agora, eu tenho uma música com o L7NNON para lançar, produzida pelo Papatinho. Não posso falar o nome da faixa porque estamos em dúvida de dois nomes ainda, a gente ainda está batendo o martelo, já devemos lançar agora em fevereiro. Tem uma nova com Lucas Carlos que está boa demais, que eu quero estar soltando em março, no máximo em abril, porque eu acho que soltar assim uma atrás da outra pode chocar muito. Mas eu tenho esses dois trampos encaminhados e quero soltar um disco ainda no meio do ano. Em julho ou agosto eu quero estar soltando álbum novo já. Não tem nome ainda, mas já tem bastante coisa encaminhada.
Mensagem para o público sobre cuidados em combate ao Covid-19
Galera que está voltando a curtir os eventos, respeitar ao máximo os protocolos, tomar a dose de reforço – eu já tomei a dose de reforço. Vamos vacinar, vamos andar de máscara, quem está podendo ter um álcool gel sempre próximo é bom. Tudo indica que a gente está num momento prestes a diminuir bastante. Algumas coisas que eu tenho lido estão falando que a Ômicron meio que indica o fim da pandemia, algumas matérias que eu li. Se isso for verdade, a gente está bem próximo do fim disso tudo. Vamos seguir agora mais ainda à risca esses protocolos para a gente poder ter realmente um abate efetivo e acabar. Para quem vai curtir meu show, eu espero realmente entregar algo muito maneiro para vocês. Esses meus últimos shows foram muito bons, têm sido realmente noites históricas, noites para ficar na memória, e eu quero que essa seja mais uma. Então, eu quero contar com a galera me recebendo de coração aberto, porque estou indo de coração aberto para fazer o meu melhor. Vou fazer o meu melhor. Vou dar umas alinhadas no setlist para ficar perfeito e fazer uma noite clássica para geral.
Abaixo, entrevista com o produtor do evento, Val Ferreira, gerente de projetos especiais da Rap Fellings
O Rap Feelings é o feeling do ritmo e da poesia. Nossa ideia é integrar o eixo Rio de Janeiro – São Paulo com a Bahia, onde sabemos que há diversos talentos em vertentes plurais. A expectativa do evento é a melhor possível, ainda mais pela composição desse line up, que foi realmente pensado num baile de rap e de black music. Com BK’; Xamã; Xaga, uma das promessas do Rio de Janeiro; DJ Trap Gord, grande referência do hip hop e do rap carioca; Mr. Lagos, prata da casa, filho de Itacaré; e DJ Banzai, que é outra referência na cidade com relação a fomentar a cultura. Vai ser uma noite muito especial. Acho que vamos ter um fim de semana lindo, e, se Deus permitir, vai ser uma grande festa. Estamos na correria máxima por aqui pra deixar tudo bonito e ajustado pra todo mundo que vier pra Itacaré aproveitar esse evento. O BK’ sempre esteve no nosso radar, não só pela história que ele tem dentro do rap, mas também pelo seu posicionamento enquanto artista e pessoa.
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