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Luã Yvys revela conexão profunda com a Bahia e sua música em novo álbum
Em entrevista ao bahia.ba o cantor falou sobre o título, inspirações e emoções

O cantor, compositor e produtor Luã Yvys revela conexão profunda com a Bahia e sua música em novo álbum apresenta seu trabalho intitulado Deixei Meu Coração na Bahia, um álbum que mistura samba, MPB e elementos contemporâneos, com a participação especial de nomes como Caetano Veloso e sua mãe, Alba Ramalho. Em entrevista exclusiva ao bahia.ba, Luan contou como surgiu o título do álbum, suas inspirações, o processo de composição e as emoções envolvidas na criação do projeto, que traz uma sonoridade leve, praiana e aconchegante.
A origem do título
O título do álbum vem da música homônima, que é a faixa mais antiga do projeto, composta há cerca de dez anos, em 2014, durante um verão em Trancoso, na Bahia. “Eu fiz esse samba com um parceiro na época, mas acabei deixando de lado por um tempo”, contou Luan. “Quando chegou o momento da produção do álbum, essa música entrou aos 45 do segundo tempo e, com a participação do Caetano Veloso, que é meu padrinho, ela realizou um sonho.” Para ele, o título sintetiza bem o que o álbum quer transmitir: “Deixei meu coração na Bahia não precisa de muita explicação, já remete a uma história de amor, uma paixão pela Bahia, mas esse coração pode representar vários tipos de amor, não só o romântico.”
Transformações pessoais
Entre o Luã que compôs essa canção em 2014 e o artista que gravou o álbum, muita coisa mudou. “Naquela época eu nem pensava em ter uma família, nem em ser pai. Hoje já sou pai, o que mudou minha percepção sobre a vida e sobre a música.” Ele destaca ainda sua relação afetiva com a Bahia, que vem desde antes de seu nascimento, já que sua mãe comprou uma casa lá e ele cresceu frequentando o local. “Tenho muitas memórias afetivas do lugar: a brisa, o mar, as redes, as festas, as histórias de amor e amizade. Acho que recebi um pouco do axé, da magia da Bahia, e isso está presente na energia do álbum.”
Diversidade sonora e unidade
O álbum passeia por diferentes gêneros, como samba, MPB, e também tem uma pegada pop e contemporânea. “O produtor Felipe Soares trouxe essa sonoridade mais beat, mais atual, mais pop, mas eu quis equilibrar isso com a brasilidade, especialmente na percussão, que é a alma da música brasileira.” A voz de Luan também é o elemento que une as faixas, dando coesão ao projeto. “Quis fazer um disco que pode ser dançado, curtido, cantado junto, mas que também pode simplesmente ficar rolando ao fundo, confortável e leve.”
Colaborações especiais
Um dos pontos altos do álbum foi a participação de Caetano Veloso na faixa-título. “Quando compus a música, imaginei a voz dele cantando, e achei pretensioso demais. Mas resolvi tentar. Entrei em contato com Paula Lavigne, que deu todo o suporte, e ele topou na hora.” Para Luan, a participação foi um sonho realizado. “Ele gravou com muito cuidado, profissionalismo e se apropriou da música como se fosse dele, e isso foi exatamente o que eu queria.”
Outra colaboração marcante foi com sua mãe, Alba Ramalho, na música “Sais”. “Essa é a única composição que temos juntos. Ela queria uma música romântica, leve, para dançar devagar, e eu fiz o resto. A versão original saiu no álbum da minha mãe em 2021, durante a pandemia, e para este novo trabalho eu fiz um arranjo mais alegre, misturando samba reggae com o shot.” A mãe aprovou o novo formato, e a parceria segue fortalecida.
Expressando emoções e mensagens
Luã revela que o álbum expressa o lado mais leve, solar e amoroso dele, um lado que ainda não tinha mostrado em trabalhos anteriores. “Esse é o Luan das férias, do verão, da leveza natural, que não exige esforço para existir.” Ele comenta também sobre a importância de deixar o ouvinte livre para interpretar as músicas da forma que quiser. “O álbum traz temas de amor, esperança, liberdade, mas cada pessoa pode sentir de um jeito. A música pode ser trilha sonora para diversos momentos, desde o choro até a dança.”
A transição de produtor para cantor
Antes de sua carreira solo, Luan já tinha bastante experiência como produtor, trabalhando com nomes como sua mãe Alba Ramalho, Luís Assunção e Xande de Pilares. “Sempre tive vontade de cantar, mas a produção me deu uma visão ampla de como funciona o processo. Produzir para outros é mais fácil às vezes do que para mim mesmo, porque com o meu próprio trabalho eu sou mais exigente.” O primeiro álbum dele, de 2019, foi um processo catártico, de muita experimentação. “Hoje, com cerca de cinco anos de carreira, venho explorando uma sonoridade mais aconchegante e praiana, que reflete meu momento.”
Um disco para o dia a dia e para a alma
Luã descreve o álbum como uma trilha sonora para momentos simples e especiais do cotidiano: “Para ouvir no Pão do Sol, com a família, com os amigos, enquanto lava a louça, deita na rede, dá um pulo no mar, faz um churrasco… A música entra na vida da gente sem incomodar, é um aconchego, uma leveza.” Para ele, essa sensação de conforto e união é essencial, especialmente nos tempos atuais, em que as pessoas muitas vezes estão próximas, mas desconectadas. “A música tem esse poder de criar laços e pintar cenários afetivos.”
Planos futuros
Luã conta que vem muita coisa boa por aí, incluindo um programa que deve estrear em breve, o Sem Censura, e a estreia do show do álbum, que acontecerá na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, Rio de Janeiro. “Será um show intimista, quase como um ensaio aberto, um momento especial para começar essa nova fase.” Além disso, ele vai participar do show da mãe em Campina Grande, sua cidade natal, que será um momento muito especial para ele.
Sobre a Bahia, cenário principal do álbum, o cantor revela o desejo de voltar para apresentar suas músicas para o público baiano: “Tive uma participação em Salvador recentemente, mas foi num evento fechado. Quero muito fazer shows abertos por lá e espero que isso aconteça em breve.”
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