Neto nega mágoa com PSDB, mas diz: ‘Se achou forte demais’
Prefeito diz que, se considerar somente 2018, tem que disputar o governo, defende Zé Ronaldo na chapa em qualquer hipótese e nega Paulo Souto na majoritária


Anfitrião do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), no Carnaval de Salvador este ano, o prefeito ACM Neto (DEM) diz que a candidatura do correligionário à Presidência da República “é para valer”, mas não descarta uma composição futura com o PSDB.
Sobre o tradicional aliado, o democrata garante não “guardar mágoa”, mas provoca: “Em determinado momento, acho que o PSDB se achou forte demais, cometeu erros, que depois significaram quatro derrotas consecutivas para o PT”.
A praticamente um mês do prazo final para decidir se disputará o governo do Estado, o prefeito diz que, se considerar apenas o momento atual, tem que disputar o Palácio de Ondina.
“Se for olhar só 2018, eu tenho que ser candidato. Mas eu não posso só olhar 2018, tenho que olhar esse curso de vida”, afirma o gestor, ao mencionar o seu “projeto de vida”.
“Eu tenho um projeto político e de vida, que não vai se encerrar em 2018 nem em 2020, caso eu decida concluir o meu mandato. É essa perspectiva que pesa hoje muito na minha decisão, do que vai ser melhor pensando no longo prazo”, explica.
O que é certo para Neto, se depender da sua vontade, é a presença do prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM), na chapa. “Eu acho que Zé Ronaldo tem que estar na chapa de qualquer jeito. A posição a gente discute na frente, mas acho que ele tem que estar na chapa”, defende.
O prefeito também refuta a possibilidade de Paulo Souto, atualmente secretário municipal da Fazenda, compor a majoritária. “Ele me disse que está fora, que não cogita disputar nem para o cargo de deputado”, diz Neto.
Para o gestor municipal, as “condições objetivas” são mais favoráveis agora ao seu grupo político em uma disputa eleitoral contra o PT, em comparação com o cenário de 2014.
O prefeito nega ainda qualquer temor em ficar sem mandato, em uma eventual derrota para Rui Costa (PT). “Até porque sendo presidente do Democratas, eu teria espaço para trabalhar”, acrescenta.
bahia.ba – O senhor deve assumir em março a presidência do DEM. Muito se fala se o DEM vai indicar um substituto para Mendonça Filho no Ministério da Educação. Qual é a sua posição sobre isso?
ACM Neto – Primeiro, eu não posso falar ainda como presidente do DEM. Segundo, que esse assunto terá que ser debatido abertamente no partido. Eu diria que é o maior desafio para março, [decidir] como proceder em relação ao governo. Eu prefiro ser cauteloso porque, sobretudo se eu assumir [a presidência], vou ter que extrair a posição de todo o partido.
.ba – O dia 15 de março foi cravado como o “Dia D” para decidir se vai ser candidato a governador?
Neto – Não…15 de março é um período, um momento. Eu não quero passar disso.
.ba – O senhor disse ao jornal A Tarde que perder ou ganhar a eleição não é o mais importante para a sua decisão. O problema maior seria o fato de renunciar e isso trazer um desgaste político futuro?
Neto – Minha situação é diferente de qualquer outro agente político nesse momento, porque eu não posso enxergar a próxima eleição, essa de 2018, como a última. Eu tenho um projeto político e de vida, que não vai se encerrar em 2018 nem em 2020, caso eu decida concluir o meu mandato. É essa perspectiva que pesa hoje muito na minha decisão, do que vai ser melhor pensando no longo prazo. Se for olhar só 2018, eu tenho que ser candidato. Mas eu não posso só olhar 2018, tenho que olhar esse curso de vida.
.ba – Mas esse não é o pior momento do PT?
Neto – Se você comparar 2014 com 2018, as condições objetivas agora são muito mais favoráveis. Mas a questão não é ganhar ou perder, como eu disse. Eu já perdi e já ganhei eleição. Como não importa para mim isso de ficar sem mandato, até porque sendo presidente do Democratas, eu teria espaço para trabalhar. Não é isso. O centro de toda a questão é olhar o curso de longo prazo e tomar a decisão.
.ba – Em entrevista ao Canal Livre, Rodrigo Maia falava com um certo tom de mágoa em relação ao PSDB, de que nas eleições pouco deram prioridade ao DEM, que chegou a ficar sem a vice de Aécio. Há alguma mágoa com o PSDB?
Neto – Da minha parte, não. Em determinado momento, acho que o PSDB se achou forte demais, cometeu erros, que depois significaram quatro derrotas consecutivas para o PT. Lembrando que, na última eleição, o PSDB disputou em chapa puro sangue. Agora o momento é outro. Mas não tenho mágoa nenhuma.
.ba – A candidatura de Rodrigo Maia vai até o fim ou pode ter algum acordo com o PSDB no meio do caminho?
Neto – Eu não descartaria nada. A candidatura é para valer, agora se lá na frente o melhor caminho for fazer aliança, a gente não descarta. Está muito cedo.
.ba – É para valorizar o passe?
Neto – Não é para isso. Se a gente quisesse agora fazer uma aliança com o PSDB e pedir a vice, eles davam agora.
.ba – Por que o senhor diz que sua situação é diferente da de Zé Ronaldo, se ele também teria que renunciar ao cargo?
Neto – Porque Zé Ronaldo não tem 39 anos de idade.
.ba – Isso é algo que pesa?
Neto – Claro que isso pesa. Tem que pesar, é óbvio.
.ba – Em 2012, houve muita resistência ao seu nome, o senhor chegou a ser vaiado em alguns bairros logo no início da campanha e teve que reconstruir isso durante a eleição. Acha que há uma resistência ao senhor na Bahia?
Neto – Não, de jeito nenhum, pelo contrário. Se eu for exclusivamente sentir o apelo popular e o que sinto de interação, já tinha tomado a decisão de ser candidato.
.ba – Quais serão os critérios objetivos para a formação da chapa?
Neto – Se eu for candidato, vou sentar para conversar com os partidos e ver o melhor desenho. O PSDB vem externando o seu desejo de indicar um candidato ao Senado e isso pode ser considerado. Eu acho que Zé Ronaldo tem que estar na chapa de qualquer jeito. A posição a gente discute na frente, mas acho que ele tem que estar na chapa.
.ba – E Paulo Souto?
Neto – Conversei outro dia com Paulo Souto para saber a ideia dele e ele me disse que está fora, que não cogita disputar nem para o cargo de deputado. Acho que é uma especulação sem sentido.
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