Publicado em 21/08/2017 às 06h00.

Oposição vai ‘travar’ AL-BA até Rui pagar emendas, anuncia Alan Sanches

Deputado estadual revelou ainda que disputará a reeleição em 2018 e diz que DEM não trabalha com outra hipótese que não seja ACM Neto candidato a governador

João Brandão
Foto: Fernando Valverde/ bahia.ba
Foto: Fernando Valverde/ bahia.ba

 

Deputado estadual de segundo mandato, Alan Sanches confirmou, em entrevista exclusiva ao bahia.ba, que tentará se manter na Assembleia Legislativa em 2018. Havia especulações nos bastidores de que ele poderia abrir espaço para o filho, o vereador de Salvador Duda Sanches, para se aventurar em uma candidatura à Câmara Federal.

“Não, eu acho que isso fica para 2022. A não ser que aconteça alguma coisa, porque você não pode fazer uma programação tão longa de decisões políticas, mas se não tiver nenhuma mudança no cenário, será mais ou menos isso”, projetou.

Atualmente no DEM, ele teve passagens por PSDB e PMDB, antes de ajudar na fundação do PSD, do qual foi líder na AL-BA e presidente municipal da capital baiana. Sanches garante que deixou a sigla sem rusgas com o senador Otto Alencar e revelou desejo de o grupo imitá-lo, e trocar o apoio ao governador Rui Costa para integrar as hostes do prefeito ACM Neto.

“Saí sem briga. Fui líder do PSD. Não estava sendo satisfatório para mim fazer parte do governo do Estado. O PSD continuou. Preferi sair e quebrar essa ligação com o PT. Sou médico de formação, de atuação. Fui presidente da Sociedade Regional da Bahia de Ortopedia e os médicos não aprovam o governo do PT. Isso vinha me atormentando muito. […] Quem quiser vim apoiar essa chapa de ACM Neto, puxando a chapa vitoriosa, a gente tem que agregar. Quem quiser agregar, a gente fala: ‘venha para cá’. Não só o PSD, qualquer outro partido. O PR, PP. Todos os partidos que acreditarem que ACM Neto tem o melhor projeto”, convidou.

Incentivador da candidatura de Neto ao governo do Estado, o democrata não só o credencia como “favorito” na disputa, como assegura que, internamente ao partido, não há plano B. “Não existe essa discussão. Nós temos um candidato, esse candidato é ACM Neto. No momento certo ele vai declarar isso”, previu.

Em relação ao seu mandato, o deputado avisa que, enquanto o Palácio de Ondina não quitar as emendas parlamentares, não terá vida fácil para aprovar projetos na Casa. “O senhor Rui Costa deu a palavra ao presidente da Assembleia, Ângelo Coronel (PSD). Disse que até dia 31 de julho estaria equacionando o que ele precisa resolver por lei, e ele não fez. Nós da oposição temos uma decisão já tomada na bancada. O que nós pudermos travar ali, nós vamos travar. Pois a emenda não é para o deputado. Nós colocamos aquela emenda nos municípios para ajudar a população”, disse.

Confira entrevista na íntegra:

Foto: Fernando Valverde/ bahia.ba
Foto: Fernando Valverde/ bahia.ba

 

bahia.ba – Já definiu se vai disputar a reeleição na Assembleia ou tentar a Câmara dos Deputados em 2018 ?

Alan Sanches – Bem, já vou para terceiro mandato. Duas vezes fui eleito deputado. Essa última vez tive praticamente quase 61 mil votos para deputado estadual e, logo após a eleição, você começa um trabalho que tem que estar definido: se é estadual ou federal. Lá atrás já tinha definido com o meu pessoal, meus apoiadores, comigo mesmo, que eu seria candidato a estadual desta vez.

.ba – Havia a especulação de que Duda Sanches [hoje vereador de Salvador] iria tentar ser deputado estadual e o senhor iria para federal. Isso fica para 2022 ou está fora dos planos?

AS Não, eu acho que isso fica para 2022. A não ser que aconteça alguma coisa, porque você não pode fazer uma programação tão longa de decisões políticas, mas se não tiver nenhuma mudança no cenário, será mais ou menos isso. A lógica da coisa está subindo. Duda já está no seu segundo mandato. É vice-líder de ACM Neto, é presidente da comissão de saúde. Então é um trabalho que tem, realmente, agradado e consolidado o seu mandato.

.ba – O senhor foi vereador PSDB, passou pelo PMDB. Foi presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, foi do grupo de Otto Alencar, no PSD, e a sua saída ainda é nebulosa em detalhes, o motivo real. Há alguma rusga com o senador ou um problema com o governo do Estado?

AS – Não, não acho. Absolutamente. Procuro sempre deixar as portas abertas. Saí sem briga. Fui líder do PSD. Não estava sendo satisfatório para mim fazer parte do governo do Estado. O PSD continuou. Preferi sair e quebrar essa ligação com o PT. Sou médico de formação, de atuação. Fui presidente da Sociedade Regional da Bahia de Ortopedia e os médicos não aprovam o governo do PT. Isso vinha me atormentando muito. As decisões que o PT vinha tomando não foram satisfatórias para o meu mandato. Eu preferi fazer o caminho que todos fazem o inverso. Quando o governo ganha, as pessoas vão aderir ao governo. Cumpri minha missão, que foi ajudar no que me comprometi. Preferi sair dessa aliança com o Partido dos Trabalhadores, que para mim tem sido muito maléfico para a nossa Bahia e também para o nosso Brasil.

“Eu acho que isso [Duda candidato a deputado estadual e Alan Sanches postulante a federal] fica para 2022.”

.ba – O senhor é um dos integrantes do grupo de oposição que defendem deixar as portas abertas da base de ACM Neto para uma possível composição em 2018 com Otto e o PSD?

AS – Não só ele. Quem quiser vim apoiar essa chapa de ACM Neto, puxando a chapa vitoriosa, a gente tem que agregar. Quem quiser agregar, a gente fala: ‘venha para cá’. Não só o PSD, qualquer outro partido. O PR, PP. Todos os partidos que acreditarem que ACM Neto tem o melhor projeto.

.ba – O PSD tem uma base ampla e o maior número de prefeituras. Mesmo se ele não for para a base de ACM Neto, o senhor acredita que o prefeito é um candidato competitivo?

AS – Eu acho que ele é o candidato favorito. Eu diria que hoje ACM Neto é favorito.

.ba – Mesmo sem o PSD?

AS – Mesmo sem o PSD. É a figura. Há uma coisa na política que a gente chama de tendência. Nós vimos há tempos que tinha tendência de o prefeito que não era o melhor, mas que naquela época as pessoas queriam, que foi o João Henrique. Ele foi eleito, não tinha uma campanha cheia de recursos financeiros, mas a população queria. É a mesma coisa. Existe uma coisa que se fala que é a ‘fadiga do material’. O material de tanto ser utilizado fadigou. São 12 anos de PT na Bahia que a gente vai completar. São 16 de PT no Brasil. Tivemos algumas evoluções no início do PT, no cenário nacional? Tivemos. Mas encerrou, acabou. Veja a quantidade de denúncias de corrupção. São coisas, assim, inimagináveis. O mensalão que a gente ficou assustado em 2006 é fichinha perto dessa Lava Jato. A população não quer realmente marchar com esse grupo. Acha que fizeram sua história e chega. Acho que a gente pode reoxigenar. Algumas pessoas dizem que o governador [Rui Costa] é um bom gestor. Eu não acho. A partir do momento que você tem um governador que não paga os seus prestadores, ou que paga em atraso para dizer que está bem, que está conseguindo equilibrar as contas, isso é uma mentira. Existem hospitais, prestadores de serviço, que ele [governador] pega o mês de março e o mês de abril junta e divide em sete prestações. Quando você tem uma regulação que continua sendo uma regulação da morte. Uma regulação da decisão de que você é prioridade e o outro não, pois não tem vaga para todo mudo, isso é falta gestão. Digo isso, pois sou médico, e atuo muito nessa área. E o que eu percebo? Existe uma falta de gestão na saúde. Nós temos uma regulação que às vezes existe a vaga no hospital e nem a regulação sabe. Por eu ser médico, eu entro em contato com os hospitais e sei, através dos colegas, que tem a vaga, mas a regulação não disponibiliza. O que evoluiu na saúde? Eu bati muito, pedindo que houvesse mutirões das cirurgias. Ele resolveu ouvir e começou a fazer há uns cinco meses. Eu bati desde o primeiro mês.

Foto: Fernando Valverde/ bahia.ba
Foto: Fernando Valverde/ bahia.ba

 

.ba – O senhor falou de corrupção, de que o povo está cansado. Só que hoje o governo Temer também é assombrado pela Lava Jato, com ministros denunciados. O próprio Temer foi alvo de denúncia na PGR. Aqui na Bahia, o presidente tem rejeição de 85%. Acha que isso pode igualar o jogo e tirar voto de ACM Neto?

AS – Não. Nós sabemos é que o Rui está realmente implicado. Tem o caso da Pepper, que são R$ 700 mil em notas frias, que ele não explicou. São R$ 30 milhões da Cerb, que não foram explicados. Rui era secretário, participava de tudo, estava ali dentro. Ele não é um novato. O ACM Neto não teve. Os questionamentos que tiveram são outros, que não têm essa base de denúncia de corrupção. Eu acho que a população vai saber muito bem separar o joio do trigo. As pessoas que falharam, que erraram e comentaram ilicitudes, elas vão ter responder. Eu acho que vão ter a oportunidade da ampla defesa, para que não se cometa injustiça. Não se pode dizer que todos que estavam no governo fizeram mal. Voltando ao Temer, acho sim que, como cidadão, a impopularidade dele passa pelo governo todo, dos ministros denunciados. Isso a população começa a questionar. A pessoa do Temer é agradável. Eu acho que a impopularidade não é da pessoa e sim da contaminação do governo.

.ba – Tira ou não tira voto de Neto?

AS – De Neto, não. O Temer não vai ser candidato, e vai saber quem será o candidato. Por exemplo, eu lhe pergunto: na eleição passada, João Henrique tirava ou não tirava voto? Ninguém queria. ACM Neto não colou a imagem a João Henrique, mas ele disse que ajudou ACM Neto. Não colou imagem. Prejudicou? Não. As pessoas sabem o caráter de ACM Neto, sabem que ele não precisa de recursos financeiros para viver. Um homem que está bem postado, vem de família boa. De caráter ilibado. Nunca teve questionamento comprovado contra sua família. Nada que venha desabonar a sua conduta. Eu e a população toda acreditamos que ele não tem absolutamente nenhum problema com nada.

.ba – O senhor saiu do PMDB estremecido com então ministro Geddel Vieira Lima. Ambos trocaram ofensas publicamente, na época. Como o senhor viu, agora que o DEM é aliado do PMDB – embora esteja em partido diferente –, a prisão de Geddel?

AS – Triste. Toda vez que você vê um homem de família, um cidadão, passar por uma situação dessa, você fica comovido. Espero, sinceramente, que ele possa apresentar todas as suas justificativas, a sua defesa, e que comprove que ele não tem nada com isso. Realmente, toda Bahia ficou – gostando ou não – comovida com aquela situação de Geddel. É claro que, quando você sai de um partido, você sai brigado. Saí para fundar um partido, era uma oportunidade que nós tínhamos de fundar um partido. E participei, pela primeira vez, da fundação de um partido. Depois preferi me afastar por causa dessa ligação do PT.

“A pessoa do Temer é agradável. Eu acho que a impopularidade não é da pessoa e sim da contaminação do governo.”

.ba – Na época que o senhor saiu do PMDB, Geddel deu várias declarações em que o chamava de traidor. O senhor chegou a ver algo suspeito no PMDB quando estava no partido?

AS – Nunca. Absolutamente nunca. Nunca vi, nunca participei.

.ba – Divergência só ideológica?

AS – Ideológica de fundar um partido e, naquele momento, ele não aceitou, mas depois aceitou bem. Nos falamos tranquilamente. Algumas decisões que você tem que tomar podem machucar alguém ou as pessoas podem não interpretar da maneira que você interpreta, mas sempre digo: importante é tomar decisão. Você não pode deixar de tomá-las. Escolher seu caminho, abaixar a cabeça e seguir em frente. Saber dos percalços que podem acontecer, mas são escolhas que você tem que tomar na sua vida.

.ba – O senhor falou da questão da saúde, que é a sua área profissional, e o prefeito ACM Neto atacou a segurança pública, cobrou a demissão do secretário e também do comandante da PM. Dentro do DEM há alguma estratégia montada sobre as frentes de atuação para mostrar a fragilidade do adversário nesses dois pontos: saúde e segurança?

AS – A bandeira da saúde eu entendo. Como disse, fui presidente da Sociedade de Ortopedia Regional Bahia. Por esse contato que tive, vivo isso, respeito medicina. Eu digo que hoje a segurança é um problema enorme na Bahia, não só em Salvador. A segurança é um problema gravíssimo. Desembargadores, juízes sendo assaltados. O carro do secretário de comunicação, André Curvello, assaltado. Isso acontece o tempo todo. Será que não vamos tomar uma medida? O governador vai cruzar os braços? O que ele está fazendo não é suficiente para transmitir segurança ao cidadão baiano. Se você fizer uma pesquisa aí fora e perguntar da segurança pública, eu duvido que alguém esteja satisfeito com o que está acontecendo. As pessoas estão apavoradas, estão com sensação de insegurança. Você hoje não pode fazer uma caminhada no Parque de Pituaçu que você será assaltado, se não for morto.

Foto: Fernando Valverde/ bahia.ba
Foto: Fernando Valverde/ bahia.ba

 

.ba – Mas é estratégia do partido para a eleição atacar a segurança pública do governo?

AS – Não. Absolutamente nenhuma. O Democratas tem homens preparados: vereadores, presidentes de Câmaras, ex-prefeitos, deputados, ou seja, pessoas que sempre estiverem militando na política. É muito fácil combater esse governo. Basta pegar os dados, da quantidade de assassinatos que está tendo, de mortes que estão ocorrendo, a insegurança que existe nos bairros e também nos municípios, da quantidade de assaltos. Se a gente for para a a saúde, o HGE vai fazer aniversário com a contratação emergencial. Por que a contratação de um hospital que foi construído no chão teve que fazer gestão do pessoal através de contrato emergencial? Tem alguma coisa aí? Não sei, mas não é o correto. A lei manda que você faça uma licitação, um chamamento, para que as pessoas possam ter a oportunidade para gerir aquilo, com um menor preço, com uma melhor qualidade. Eu entrei no Ministério Público contra esse tipo de contratação lá atrás e foi instalado um inquérito civil contra a Sesab. Não é possível que as pessoas achem que em um HGE 2, um hospital que é do tamanho do HGE 1, pode se contratar em caráter emergencial. Não é possível. Essa é a forma de gerir do senhor Rui Costa. Um contrato emergencial não tem segurança. Não garante que essa empresa, na hora que tiver a licitação propriamente dita, vai dar continuidade. Não acha que os funcionários não estão com insegurança? Claro que estão.

.ba – Internamente, há a hipótese de Neto não ser candidato? Vocês buscariam um Antônio Imbassahy fora do partido? Um Lúcio Vieira Lima? Como está a discussão?

AS – Não existe essa discussão. Nós temos um candidato, esse candidato é ACM Neto. No momento certo ele vai declarar isso. Agora, até por questões politicas, o homem resolveu andar, visitar os amigos, pois é uma gestão vitoriosa. Os prefeitos querem que ele vá para dar sua contribuição, dar a sua orientação, e Neto vai. São aliados, são amigos. As pessoas não querem que dia de sexta-feira de tarde ele possa ir a Vitória da Conquista, possa ir a Jacobina, em Cruz das Almas, isso é o quê? Isso é o medo. Alguns deputados ficam se revezado na Câmara Federal questionando isso. Entrando na Justiça. Pelo amor de Deus, né? Parece que é brincadeira. É o medo, o pavor de enfrentar ACM Neto.

.ba – Os deputados pararam de votar alguns projetos do Executivo na Assembleia, um boicote pela falta de pagamento de emendas parlamentares. Voltou do recesso e ainda está meio devagar. O deputado Alan Sanches já teve alguma emenda paga pelo governo?

AS – Zero. Em 2015 e 2016 estão em débitos conosco e o pior de tudo é quando, pois isso é lei, você dá a palavra. Na política, às vezes você não precisa nem escrever, mas dar a palavra. O senhor Rui Costa deu a palavra ao presidente da Assembleia, Ângelo Coronel (PSD). Disse que até dia 31 de julho estaria equacionando o que ele precisa resolver por lei, e ele não fez. Nós da oposição temos uma decisão já tomada na bancada. O que nós pudermos travar ali, nós vamos travar. Pois a emenda não é para o deputado. Nós colocamos aquela emenda nos municípios para ajudar a população. São ambulâncias, convênios com obra, restauração de escolas, e ele não faz, na mesquinhez da perseguição do senhor Rui Costa, mas não adianta. São homens valorosos que não vão se render a essa chantagem. ‘Se estiver comigo eu libero, se não estiver comigo não vou liberar’. Não dê nada, pois quero que seja cumprida a Justiça. Eu não quero favor do governo, eu quero ele cumpra e ajude os municípios. Nada que foi pedido pelos deputados é para usufruto, mas para os municípios que precisam da atenção que o governo não tem dado. Aí fica indo para um município, fazendo caravana para entregar ambulância. As pessoas poderiam esperar outras coisas. São esses questionamentos que nós da oposição não precisamos nem nos reunir para fecharmos questão sobre determinados assuntos que estão aí.

“Não existe essa discussão [de a oposição lançar outro postulante a governador]. Nós temos um candidato, esse candidato é ACM Neto. No momento certo ele vai declarar isso.”

.ba – Enquanto não quitar as emendas, a oposição mantém a obstrução?

AS – Eu sou a favor disso. Levo o meu pleito aos 21 deputados da oposição. Acho que é um direito do município. A mesma coisa é o vereador, que chega através da sua capilaridade aos lugares mais longínquos. Deputados e vereadores sabem das necessidades e eles encaminham, e o governador não faz. Ele não é um bom gestor. Isso vai ser mostrado na campanha.

.ba – Na Assembleia, com a regra do distritão, como está o clima entre os deputados? Qual a expectativa de renovação na Casa em 2018?

AS – Eu diria que, para mim, é a melhor situação possível. O distritão vai ser a justiça. Aquelas pessoas que tiverem maior trabalho, maior densidade eleitoral serão eleitas. Não acho justo uma pessoa que teve 22 mil votos ser eleita enquanto um que teve 45 mil votos não seja. Foram 45 mil que quiserem conduzir aquele deputado para a Assembleia Legislativa. Acho isso uma injustiça. Quem está contra o distritão são os candidatos com menor densidade que querem se proteger, lógico. Farinha pouca meu pirão primeiro. E também os partidos que perdem, se não sentarem com os parlamentares. Eu realmente sou a favor do distritão.

.ba – E a renovação?

AS – Renovação de 20%. Acho que a renovação vai ser menor. Acho que quem mais perde é o PT, que vai minguar, tanto no governo federal, quanto aqui na Assembleia Legislativa.

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