HGE 2 consolida complexo hospitalar de referência na Bahia
A nova unidade, inaugurada nesta segunda-feira, possui equipamentos de última geração, até então disponíveis apenas no Sírio Libanês, em São Paulo
Ao inaugurar, na manhã desta segunda-feira (26), o Hospital Geral do Estado 2, o governador Rui Costa anunciou a entrega de mais três unidades hospitalares até 2017, uma em Salvador – o Hospital da Mulher, praticamente concluído em fase de instalação de equipamentos médicos e que deve ser inaugurado até o final deste ano – e dois no interior: o Hospital do Cacau, em Ilhéus, e o da Chapada, em Seabra, com previsão de inauguração até o final de 2017.
Projetado em 2012, com 161 novos leitos, 11 salas cirúrgicas e equipamentos de última geração, a implantação do HGE 2 absorveu recursos da ordem de R$ 90 milhões entre construção, instalação e aparelhagem, numa estrutura integrada ao antigo HGE – que, conforme adiantou o governador, será totalmente reformado e modernizado.
O complexo se consolida como referência estadual no atendimento a vítimas de traumas, a exemplo de acidentes automobilísticos, perfurocortantes e emergências cirúrgicas. No último dia 19, o hospital foi apresentado ao setor médico, quando foi aprovado por conselhos da área da saúde e representações de classe.
Com área construída de 14 mil metros quadrados, o novo hospital conta com 161 novos leitos e 11 salas cirúrgicas, 54 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), sendo 40 para adultos, oito pediátricos e quatro para queimados, além de 34 para cuidados intermediários. Com equipamentos de última geração somente disponíveis no país no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, segundo informou Rui Costa, o centro cirúrgico do HGE 2 ocupa um andar inteiro. Entre outros itens de ponta, a unidade é dotada de foco cirúrgico com tecnologia LED e controle individual de temperatura.
Maior qualidade – O novo equipamento começa a funcionar nesta terça-feira (27) e vai desafogar a demanda estrangulada no HGE, já que o hospital possibilita, simultaneamente, ampliar a assistência com a abertura de novos leitos e oferecer maior qualidade na assistência aos pacientes. De acordo com o diretor-geral, André Luciano, o HGE 2 dispõe de maior capacidade para atender pacientes com traumatismo craniano e raquimedular, duas das condições em que o tempo de espera impacta muito no prognóstico. Também conta com o mais moderno centro de queimados do país e a principal referência para todo o estado.
Ele informou também que o HGE 2 dispõe de sala cirúrgica dedicada exclusivamente à realização de transplantes, tanto para captação de órgãos quanto para o transplante em si. Atualmente, o HGE 1 é o hospital com maior potencial de captação de órgãos, em função do perfil de vítimas de morte cerebral decorrentes de trauma. Com a sala exclusiva, o processo de captação e transplante de órgãos será mais ágil, sem necessidade de aguardar vaga no centro cirúrgico geral.
Ao lado do HGE, o novo hospital forma o maior complexo hospitalar do estado, caracterizando-se como referência em cirurgias geral, traumato-ortopedia, oftalmológica (proveniente de trauma), plástica reparadora, torácica, buco-maxilo-facial e de coluna. Conforme o secretário Fábio Vilas Boas, da Saúde, estão sendo investidos mais de US$ 200 milhões em novos equipamentos hospitalares, reformas e ampliações em diversas áreas do estado, representando um dos maiores aportes de todos os tempos na área de Saúde na Bahia.
A nova unidade hospitalar vai absorver 1 mil profissionais que, somados aos trabalhadores do HGE 1, totaliza 4 mil vagas de emprego, dos quais 204 são médicos e o restante de outros setores profissionais da saúde, como enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais e técnicos de enfermagem, contratados pelo regime de CLT por duas empresas que venceram licitação do Estado.
Com a inauguração do HGE 2, o estado busca reduzir a espera em filas para cirurgias de média e alta complexidades. A nova unidade servirá de suporte para o atendimento a pacientes que aguardam procedimentos cirúrgicos no HGE, e vai gerar um impacto positivo para o paciente. De acordo com a direção do hospital, apesar do suporte que o HGE presta à população, ainda existiam casos em que os pacientes tinham que esperar um tempo para serem submetidos às cirurgias. Com leitos de retaguarda, a unidade nova servirá de suporte à antiga, possibilitando maior vazão aos pacientes que necessitam de alguma cirurgia.
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