Publicado em 05/11/2025 às 23h15.

Ceni se irrita com arbitragem e faz duras críticas ao VAR: ‘Resolveu o jogo’

Técnico do Bahia criticou a falta de punição a Junior Alonso logo no início da partida

Rodrigo Fernandes
Foto: Rafael Rodrigues / EC Bahia

 

A derrota para o Atlético-MG, por 3 a 0, na noite desta quarta-feira (5), na Arena MRV, terminou com Rogério Ceni em tom de desabafo. O técnico do Bahia não escondeu a revolta com a arbitragem e acusou os juízes de “compensar” erros recentes em partidas do futebol brasileiro.

Logo aos 30 segundos de jogo, o zagueiro Junior Alonso acertou o tornozelo de Michel Araujo com a sola da chuteira.

O lance passou despercebido pelo árbitro Davi de Oliveira Lacerda e não foi revisado pelo VAR, o que, segundo Ceni, mudou o rumo da partida.

“O futebol brasileiro não tem árbitros ruins, não. O Davi Lacerda deixou o jogo correr, como se fosse uma arbitragem europeia. Mas com 30 segundos tem um lance mais claro que esse para expulsão? Não vai acontecer. Eles não fariam isso com o Atlético-MG logo no primeiro minuto de jogo”, afirmou.

Visivelmente irritado, Ceni pediu mais transparência e responsabilização dos árbitros de vídeo.

Ele criticou o papel de Rafael Traci, que, na visão do treinador, interferiu de forma decisiva ao recomendar a expulsão de Kanu no segundo tempo.

“O rosto do VAR tem que ser apresentado para todos eles. Porque se não é só a gente que sofre pressão. Esse senhor mudou o jogo de hoje”, disse o treinador.

As críticas não pararam por aí. Em tom cada vez mais incisivo, Ceni voltou a atacar o árbitro de vídeo.

“Mas o senhor Rafael Traci, que fica escondido lá em cima, teve a coragem de chamar o lance de uma expulsão subjetiva do Kanu, que não sabemos se o jogador iria encontrar a bola no ponto futuro”.

Esse senhor resolveu o jogo de hoje. Nós vamos ficar aqui e o futebol brasileiro vai continuar da mesma maneira. Eu só me pergunto se o árbitro, que viu o pisão rasgando a canela do Michel, vai para casa e vai acontecer o quê?”, questionou Ceni.

“O cara lá em cima não tem a coragem de tomar a decisão que precisa ser tomada, porque não é conveniente pra ele. O jogo se resume a esse lance. Vai me dizer que isso aqui é justo? O futebol brasileiro é justo dessa maneira?”, concluiu o treinador do Bahia.

Rodrigo Fernandes
Jornalista, repórter e produtor de conteúdo. Com experiência em redação e marketing digital, faz cobertura de Esporte no bahia.ba. Antes disso, foi editor do In Magazine – Portal iG e repórter do Portal M! – Muita Informação.

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