Publicado em 08/12/2019 às 19h30.

Cruzeiro toma 2 a 0 do Palmeiras e cai pela 1ª vez para a Série B

Em 38 rodadas do Brasileiro, time mineiro venceu apenas sete partidas

Redação
Divulgação/Cruzeiro
Divulgação/Cruzeiro

 

O Cruzeiro disputará a Série B do Brasileiro pela primeira vez em sua história. Neste domingo (8), com a derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, no Mineirão, o time de Belo Horizonte foi rebaixado da elite do futebol nacional. Não faltaram problemas técnicos, políticos e financeiros na temporada do clube mineiro.

Salários atrasados, jogadores afastados, quatro técnicos diferentes durante a competição, além de uma investigação policial envolvendo membros da diretoria são alguns dos principais componentes da pior crise da história do clube.

Atualmente. apenas três clubes nunca caíram para a Série B do Brasileiro: Santos, São Paulo e Flamengo. Desses, só o time carioca competiu em todas as edições do torneio, que começou em 1971. Santos e São Paulo boicotaram a edição do Nacional em 1979.

O fracasso pode marcar o fim de uma geração que conquistou títulos no clube, as Copas do Brasil de 2017 e 2018. Casos, por exemplo, de Fábio, Léo, Henrique, Robinho. Destaque nessas conquistas, Thiago Neves foi afastado pelo clube.

Durante a temporada atual, os jogadores do time conviveram com atrasos de pagamento. A inadimplência é um reflexo do aumento da dívida do clube.

De acordo com levantamento do Itaú BBVA, entre 2017 e 2018, a equipe viu sua dívida crescer 41%, saltando de R$ 333 milhões para R$ 469 milhões. Como gastou mais do que conseguiu gerar em seu caixa, fechou o ano passado com déficit de R$ 70 milhões.

O Cruzeiro lidera o ranking dos times da Série A que contraíram novas dívidas com a União desde 2016, após o Profut —programa de refinanciamento dos débitos dos clubes com o governo federal. Foram R$ 17 milhões em débitos.

Em 38 rodadas do Brasileiro, o Cruzeiro venceu sete partidas. Fechou a competição com 39 pontos, seu pior aproveitamento na era dos pontos corridos com 20 times —desde 2006. A pior marca, até então, era a de 2011, quando ficou em 16º, última posição antes da parte vermelha da tabela, com 43.

 

*Com Folha de S. Paulo

 

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