Publicado em 17/09/2020 às 07h50.

Bolsonaro volta a recorrer de decisão de Celso de Mello e pede para depor por escrito

Ministro do STF rejeitou recurso semelhante na semana passada

Redação
Foto: Isac Nóbrega/PR
Foto: Isac Nóbrega/PR

 

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal na noite desta quarta-feira (16) contra a decisão do ministro Celso de Mello para que o presidente Jair Bolsonaro preste um depoimento presencial sobre o caso de suposta interferência na Polícia Federal.

Segundo informações do portal UOL, a defesa pede que Bolsonaro possa responder às questões por escrito, algo que Mello já havia rejeitado na última semana. Como a PF pretende ouvir Bolsonaro entre os dias 21 a 23 de setembro, em data ainda a ser confirmada, a AGU pede que Mello suspenda os efeitos da decisão até o julgamento do recurso.

Atualmente, o ministro está afastado por questões médicas e deve retornar apenas no dia 26. Ainda não se sabe se ele analisará o recurso mesmo afastado ou se Marco Aurélio Mello será o responsável.

A defesa ainda pede que seja dado para Bolsonaro o mesmo tratamento dado para o ex-presidente Michel Temer que, em 2017, teve o benefício de responder por escrito questões sobre um suposto envolvimento em esquema de corrupção.

O presidente é acusado de tentar interferir na Polícia Federal em ação aberta em maio e que tem como base as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Bolsonaro sempre negou a ingerência.

Na decisão, Celso de Mello afirmou que só pode depor por escrito membros dos Três Poderes que sejam testemunhas ou vítimas, não os investigados, e que o depoimento presencial deve ser feito tanto por Bolsonaro como por Moro.

 

 

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