Publicado em 19/02/2025 às 09h07.

Defesa de ex-delegado preso no caso Marielle solicita desbloqueio de salário ao STF

Medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, após sua prisão

Redação
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

A defesa do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, preso no ano passado no âmbito da investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, solicitou na terça-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o desbloqueio de seu salário. A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, após sua prisão.

Na petição, os advogados de Barbosa argumentam que ele está há quase um ano com o salário bloqueado, o que tem comprometido gravemente as condições financeiras de sua família. A defesa apresentou uma planilha de gastos mensais no valor de R$ 24,8 mil, destacando a necessidade urgente de recursos para arcar com as contas domésticas.

“O acusado se encontra com suas contas e salário bloqueados há quase um ano, situação que vem comprometendo severamente as condições financeiras de sua família, que hoje depende de sua renda para o mínimo existencial”, afirmou a defesa de Barbosa.

Além de Barbosa, também estão presos os irmãos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o deputado federal Chiquinho Brazão, acusados de envolvimento no assassinato de Marielle Franco. Os três são réus no processo, sendo que a investigação da Polícia Federal aponta que o crime teria relação com interesses políticos e questões fundiárias controladas por milícias no Rio de Janeiro.

A delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso dos disparos contra Marielle, implicou os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa como supostos mandantes do assassinato, com Barbosa envolvido na preparação do crime. Desde o início das investigações, todos os acusados negam qualquer participação no homicídio.

O pedido de desbloqueio será analisado pelo STF, mas não há previsão para a decisão.

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