Publicado em 05/10/2016 às 08h40.

Família extorquida denunciou esquema de propina de desembargadores do TJ

Os magistrados, que estão aposentados atualmente, iriam receber entre R$ 25 a R$ 50 milhões cada um

Redação
Foto: Divulgação/ GovBa
Foto: Divulgação/ GovBa

 

O pedido de propina feito por dois desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para julgar favoravelmente ação iniciada em vara cível de Salvador, foi denunciado pela família alvo da extorsão. Conforme o Ministério Público da Bahia (MP-BA), a denúncia  foi recebida em fevereiro deste ano e, a partir de então, foi iniciada a investigação contra os dois desembargadores envolvidos. A propina, que era exigida pelos desembargadores  Clésio Carrilho e Daisy Lago, desde 2012, para acelerar o julgamento do caso e proferir decisão favorável, previa um pagamento de 5% do valor da ação para cada magistrado, que atualmente se encontram aposentados.

A ação da família envolvida previa um pagamento estimado entre R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão. Os magistrados então receberiam de R$ 25 a R$ 50 milhões cada um. O pedido de propina não foi levado adiante porque a ação da família foi recusada pelo Supremo Tribunal de Justiça. A ausência do pagamento não deixa de configurar o ilícito dos desembargadores e de três advogados envolvidos no esquema.

A ‘Operação Leopoldo’, deflagrada pelo MP nesta terça-feira (4), contou com apoio logístico e operacional da Polícia Rodoviária Federal. Além das conduções coercitivas dos cinco investigados, foram apreendidos documentos, computadores e telefones celulares em endereços residenciais, em Lauro de Freitas e Salvador.

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