Publicado em 11/12/2024 às 17h39.

Herdeiros da Marabraz se enfrentam em disputa judicial sobre controle da empresa

A ação tramita sob sigilo na comarca de Simões Filho, na Bahia, após Abdul Fares (direita na foto) ajuizar ação para pedir a interdição de seu pai, Jamel Fares

Redação
Foto: Reprodução/ redes sociais

 

Abdul Fares (à direita na foto), de 40 anos, herdeiro da rede varejista Marabraz, ajuizou uma ação para pedir a interdição de seu pai, Jamel Fares, de 64 anos, cofundador da empresa que conta com 120 lojas especializadas em móveis.

A ação tramita sob sigilo na comarca de Simões Filho, na Bahia, e foi descoberta por Jamel de forma inesperada durante o monitoramento jurídico rotineiro realizado pela assessoria do grupo.

Na petição, Abdul solicita a curatela de seu pai, alegando que questões de saúde, como depressão severa, cardiopatia grave, dependência de medicamentos controlados e episódios de comportamento agressivo, comprometem a capacidade de Jamel. As alegações são baseadas em laudos médicos psiquiátricos e neurológicos.

Em resposta, Jamel contratou o escritório Warde Advogados para contestar o processo. Em manifestação apresentada no dia 5 de dezembro, ele questiona a escolha do foro na Bahia e acusa Abdul de falsidade ideológica. Jamel também descreveu Abdul como “ingrato e parasita”, sugerindo que o litígio envolve um conflito familiar além das questões de saúde.

A disputa familiar, agora intensificada, já está marcada por um histórico de disputas jurídicas envolvendo os negócios da família Fares. O conflito começou quando Jamel e seu irmão, Nasser Fares, hoje responsável pela administração do grupo Marabraz, entraram com uma ação cível na Justiça de São Paulo para reaver ações da holding familiar, atualmente sob o nome dos seis herdeiros.

A situação se agravou com a queixa-crime contra Abdul Fares, que ganhou notoriedade na mídia como “o noivo bilionário da atriz Marina Ruy Barbosa”. Esse episódio reflete não apenas as tensões empresariais, mas também os conflitos familiares que afetam a gestão e a dinâmica interna do império varejista.

Em 2011, os fundadores do grupo Marabraz transferiram a titularidade da holding familiar, LP Administradora, para os herdeiros, como uma forma de proteção patrimonial. Porém, ao longo dos anos, surgiram tensões, especialmente com o comportamento da nova geração, que entrou em conflito com os valores da geração fundadora.

As disputas se intensificaram com acusações de má gestão. A defesa de Jamel afirma que Abdul teria gasto R$ 22,5 milhões em despesas pessoais, incluindo viagens de jatinho, compra de helicópteros e diamantes milionários para sua noiva. Agora, os herdeiros buscam retomar o controle legal da holding, enfrentando acusações de dilapidar o patrimônio imobiliário da família.

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