Publicado em 03/12/2020 às 17h43.

MPF investiga impacto ambiental de obras de requalificação na Boa Viagem

Procuradoria da República na Bahia já abriu inquéritos para apurar os impactos de requalificação nas orlas de Stella Maris e de Ondina

Estela Marques
Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação

 

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou nesta quinta-feira (3) um inquérito para investigar o impacto ambiental das obras de requalificação da orla da Boa Viagem, executadas pela prefeitura de Salvador. Desde outubro, a Procuradoria da República na Bahia tem se debruçado sobre as intervenções do município, tendo já aberto inquéritos para apurar os impactos de requalificação nas orlas de Stella Maris e de Ondina.

O procurador Domênico D’Andrea Neto considerou que a execução de obras na praia de Boa Viagem, que expandiu o calçamento do passeio até a faixa de areia da praia, pode gerou danos ambientais, mas é preciso mais informações sobre o ocorrido em relação a eventuais providências. A partir de agora, a prefeitura deverá prestar esclarecimentos quanto ao licenciamento ambiental da obra e do ato autorizativo da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), ou, em caso negativo, os motivos de sua dispensa. Também deverão se manifestar a própria SPU e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

A obra de requalificação da orla da Boa Viagem foi iniciada em novembro de 2019, com a assinatura da ordem de serviço pela Secretaria de Infraestrutura. As intervenções contemplavam 600 metros de extensão, entre o Largo da Boa Viagem e o Forte Monte Serrat. O projeto foi elaborado pela Fundação Mário Leal Ferreira.

Em nota enviada ao bahia.ba, a assessoria de comunicação da Seinfra garantiu que as obras de requalificação da orla de Boa Viagem não geraram danos ou prejuízos ambientais, está totalmente regular e possui todas as licenças necessárias. A pasta informou também que as intervenções realizadas têm como foco a requalificação de espaços já existentes, para devolver o que chamou de “qualidade do ambiente” que tenha sido degradado ao longo dos anos.

A Seinfra afirmou ainda que tem colaborado com o Ministério Público ao encaminhar as documentações solicitadas, e espera manifestação do órgão.

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