Publicado em 31/03/2025 às 12h38.

STF dá 15 dias para Silvio Almeida se manifestar sobre acusação contra ONG

Caso está relacionado às acusações de assédio e importunação sexual

Redação
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o prazo de 15 dias para que o ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, responda a uma queixa-crime apresentada pela organização Me Too Brasil, que o acusou de difamação. O despacho foi assinado no dia 26 de março e publicado neste domingo (30).

O caso está relacionado às acusações de assédio e importunação sexual feitas por diversas mulheres contra Almeida, inclusive pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Os supostos abusos foram revelados pelo portal Metrópoles em setembro do ano passado. Na época, a Me Too Brasil confirmou que presta auxílio psicológico e jurídico a mulheres que relataram serem vítimas do advogado e professor. O então ministro que acabou demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 6 de setembro.

No mesmo dia em que o escândalo veio à tona, o Ministério dos Direitos Humanos (MDH), ainda sob o comando de Silvio Almeida, publicou nota oficial, sem assinatura, acusando a Me Too Brasil e sua advogada e diretora-presidente, Marina Ganzarolli, de tentarem interferir em licitações do Disque 100, canal do governo para denúncias de violações aos direitos humanos. No entanto, o texto foi retirado do ar após a demissão do ministro.

Por causa da nota, a Me Too Brasil e Ganzarolli apresentaram, em fevereiro, duas queixas-crime ao Supremo, acusando o ex-ministro de difamação por ter imputado falsamente a elas a prática de crimes como fraude em licitação, sem apresentar provas.

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