Publicado em 22/07/2019 às 11h00.

Com os turbantes para o mundo: empreendedorismo e inovação

A marca Empoderamente trabalha com estilo e representatividade em Salvador

Daniel Lyra
Beatriz Almeida e Joyce Melo. Foto: Aeon Artwork.
Beatriz Almeida e Joyce Melo. Foto: Aeon Artwork.

Aos 10 anos, uma menina vendia as bijuterias que produzia para colegas e familiares. Hoje, ela está um pouco diferente. Joyce Melo, 20 anos, trocou as miçangas pelo tecido e incorporou a essência ancestral no trabalho. Em 2016, ela começou a marca de turbantes Empoderamente.

Ao escolher um tecido para produzir essas peças, é preciso encontrar um material que não escorregue na cabeça. Além disso, a escolha leva em consideração a beleza das estampas, o estilo e a representatividade, pela importância do turbante para a cultura negra.

Joyce Melo.Foto: reprodução redes sociais.
Joyce Melo.Foto: reprodução redes sociais.

“Ao pensar no objetivo de empreender com propósito, pensando na representatividade negra, no quanto de nossa história afundou nas travessias e no potencial artístico e cultural que nossos ancestrais nos deixaram, resolvemos trabalhar com turbante por ser extremamente simbólico para as populações negras”, declarou Joyce.

Dentre os produtos, a Empoderamente oferece um turbante 2 em 1, que em cada lado possui uma estampa diferente, possibilitando assim mais misturas de cores. Os produtos são vendidos nas redes sociais da empresa e em feiras ou eventos de empreendedorismo.

Turbante 2 em 1. Foto: reprodução rede social.
Turbante 2 em 1. Foto: reprodução redes sociais.

Joyce criou o próprio negócio ainda na graduação e contou com o apoio do Empreender Sonhos,  projeto interdisciplinar da universidade onde estuda. De acordo com a Confederação Nacional de Jovens Empresários (CONAJE), 73% empreendedores possuem ensino superior, isso mostra que o espaço acadêmico é propício para inovar no mundo dos negócios.

Mas alguns cuidados são necessários ao empreender. Além da pesquisa de mercado, com um planejamento estratégico para a análise das variáveis ambientais e riscos ao empreendimento, recomenda-se um plano de negócios.

“O ideal é que você faça um plano de negócios antes de começar um empreendimento. Nesse documento, deve haver uma descrição dos produtos e serviços, análise do mercado, análise financeira e de viabilidade econômica, estrutura mínima, física e de pessoas, e análise de processos”, orienta o professor Constantino Oliveira, coordenador do curso de administração da Unijorge.

Professor Constantino Oliveira. Foto: divulgação.
Professor Constantino Oliveira. Foto: divulgação.

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