Publicado em 15/08/2016 às 17h00.

África do Sul: mulher é condenada 20 anos após sequestrar bebê

Ao aplicar a pena de dez anos de prisão, juiz justifica que a sequestradora causou "imensa dor aos pais biológicos cujo bebê lhes foi tirado"

Jaciara Santos
SA Maddie in cms for Dan Sanderson
Celeste e Morne posam com a filha ‘Zephany’, sequestrada logo após o nascimento (Foto: Divulgação)

 

Uma mulher sul-africana que sequestrou uma recém-nascida de um hospital há quase 20 anos e registrou a menina como sendo a sua filha foi condenada a 10 anos de prisão.

O juiz John Hlophe da Cidade do Cabo anunciou a sentença, dizendo que a sequestradora, que atualmente possui 52 anos, foi condenada por ter causado “imensa dor aos pais biológicos cujo bebê lhes foi tirado”, disse uma agência de notícias africana.

A jovem que foi raptada quando bebê é enfermeira e é chamada por seus pais biológicos e pela mídia de Zephany. Depois de encontrada, a menina escolheu continuar a usar o nome dado pela sua sequestradora. Para proteger sua privacidade, um juiz ordenou que o nome não fosse usado pela mídia.

Hlophe criticou a sequestradora por manter a versão de que tinha comprado a recém-nascida de uma mulher que lhe disse que seus pais biológicos não queriam a criança. “No mínimo, seria de se esperar que você se desculpasse, mas você não escolheu fazer isso”, informou agência de notícias citando Hlophe.

A família da sequestradora condenada mandou beijos para ela, uma vez que ela foi conduzida segurando um celular após a condenação, de acordo com a agência. Ele também relatou um confronto entre a família da sequestradora e a família biológica de Zephany.

“Ela pertence a nós”, disse Chantall Berry, tia de Zephany. “Ela tem nosso DNA. Seu DNA nunca vai mudar”, acrescentou.

Zephany se reuniu no ano passado com seus pais biológicos, Morne e Celeste, após a segunda filha do casal fazer amizade com uma menina na escola que parecia com ela. Uma investigação policial e testes de DNA mostraram que as duas meninas eram irmãs e que a nova amiga, na verdade, era a criança desaparecida.

Seus pais biológicos estavam no tribunal nesta segunda-feira (15) para assistir à condenação, mas Zephany não foi. Não foi permitido que ela tivesse contato com a sequestradora, embora ela tenha ido morar com o marido da mulher que a sequestrou, que ela pensava ser seu pai biológico.

Fonte: Associated Press.

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