Publicado em 11/05/2025 às 09h30.

Após passagem pela Rússia, Lula desembarca em Pequim visando ampliar parcerias com a China

São esperados anúncios de investimentos em áreas como infraestrutura, ligando os projetos da Nova Rota da Seda e do Novo PAC, além de iniciativas em saúde e energia

Redação
Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou no sábado (10) em Pequim, capital da China, para sua segunda visita oficial ao país asiático no seu terceiro mandato, e deve realizar a terceira reunião bilateral de alto nível com seu homólogo chinês, Xi Jinping. A passagem do presidente pelo país compõe uma longa agenda internacional que se iniciou com sua ida à Rússia, na última semana.

Segundo matéria do Estadão, o presidente brasileiro chega à China visando ampliar suas parcerias, após já ter selado um acordo estratégico com Xi no ano passado, quando o líder chinês visitou Brasília. São esperados anúncios de investimentos em áreas como infraestrutura, ligando os projetos da Nova Rota da Seda e do Novo PAC, além de iniciativas em saúde e energia.

Lula também busca explorar mais sua relação com a Ásia, tendo em vista o complicado relacionamento com os Estados Unidos sob o governo do presidente Donald Trump, com quem o petista têm evitado se comunicar, e que adotou políticas opostas às defendidas pelo Brasil, como a pauta climática, o funcionamento de instituições multilaterais e o comércio exterior.

A China, por outro lado, é parceira do Brasil no Brics, bloco de países emergentes que é um dos alvos da agressiva política internacional de Trump, e Lula e Xi devem fazer uma enfática defesa do multilateralismo. Até a semana passada, havia 16 protocolos já negociados, e outros 32 em negociação para assinatura durante a visita de Estado do petista a Pequim.

Apesar disso, Lula tem sido orientado a equilibrar sua estratégia também enviou recado a Pequim de que o Brasil não deseja se tornar dependente, nem ser “quintal de ninguém”, assim como disse em visita à Rússia. A palavra de ordem no Itamaraty, no entanto, é que a relação com a China não deve ser vista como uma contraposição aos EUA.

Enquanto o Brasil escapou do “tarifaço” de Trump, recebendo apenas 10% de taxação extra sobre os produtos exportados aos EUA, que é o segundo maior parceiro comercial atrás apenas da própria China, além de ser a principal origem de investimentos para o Brasil, o país asiático foi o principal alvo do líder americano, que aplicou tarifas que extrapolaram os 100%

A agenda do presidente na China inclui um seminário com empresários brasileiros e chineses. Participam da missão executivos de multinacionais brasileiras e chinesas com presenças em ambos países como: Eurofarma, Suzano, China Merchants Port Group, Kwai, Vale, Raízen, BYD, GWM, State Grid, Ambipar, Weg, BRF Marfrig, Alibem, Bayer Brasil, Santa Felicidade, COFCO, Luckin Coffee, China Meat Association, Unem, Embrapa e BNDES.

Lula irá ao encerramento do fórum e discursará após o presidente da Apex Brasil, Jorge Viana. O painel ministerial também vai contar com participação de ministros brasileiros, como: Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e os presidentes do Banco Central, Gabriel Galípolo, e do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

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