Publicado em 17/06/2025 às 11h42.

Autoridades brasileiras que ainda estão em Israel devem ser retiradas até quinta (19), diz senador

De acordo com funcionários do Itamaraty, no entanto, o processo para o resgate de civis brasileiros em Israel ainda está sendo avaliado pelo governo

Redação
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

Autoridades brasileiras que participavam de visitas a Israel, e que ainda estão no país, vulneráveis aos conflitos entre o país e o Irã, devem ser retirados até quinta-feira (19), é o que afirma o senador senador Carlos Viana (Podemos-MG), que preside o grupo parlamentar Brasil-Israel e monitora a situação destas pessoas. De acordo com estimativas do parlamentar, a estimativa é que 27 autoridades e assessores ainda permaneçam no país.

Segundo matéria da Folha de São Paulo, um primeiro grupo com 12 pessoas, que incluíam dois prefeitos de capitais brasileiras, deixou Israel, por terra, na segunda-feira (16) e seguiu para a Jordânia, com destino final na Arábia Saudita. O processo contou com mobilização do Ministério das Relações Exteriores e de embaixadas brasileiras de Amã (Jordânia), Tel Aviv (Israel) e Riad (Arábia Saudita).

Apesar de os esforços para retirar os brasileiros, o Palácio do Itamaraty reiterou que os prefeitos e demais políticos brasileiros viajaram para Israel ignorando as contraindicações do órgão sobre os possíveis riscos. O país do Oriente Médio é alvo de uma onda de ofensivas balísticas do Irã após ter comandado uma operação que destruiu bases militares iranianas na sexta-feira (13).

“Em junho corrente, duas comitivas de autoridades brasileiras viajaram a Israel a convite do governo israelense, a despeito do alerta consular da Embaixada do Brasil em Tel Aviv”, diz a nota da entidade.

O órgão também pontuou que vem desaconselhando a realização de viagens que não possuam caráter essencial à região desde 2023, e que tem recomendado que brasileiros que se encontrassem em Israel considerassem deixar o país.

O primeiro grupo de políticos resgatados teria sido convidado por Tel Aviv para comparecer à MuniExpo Israel 2025, uma feira internacional de tecnologia.

Conforme informações da colunista da Folha, Mônica Bergamo, nove pessoas que deixaram Israel voltaram ao Brasil em um voo particular: Cícero Lucena (prefeito de João Pessoa), Álvaro Damião (prefeito de Belo Horizonte), Márcio Lobato (secretário de Segurança de Belo Horizonte), Francisco Nélio (tesoureiro da Confederação Nacional de Municípios), Welberth Porto (prefeito de Macaé), Claudia da Silva (vice-prefeita de Goiânia), Janete Aparecida (vice-prefeita de Divinópolis), Johnny Maycon (prefeito de Nova Friburgo) e Francisco Vagner (secretário de Planejamento de Natal).

De acordo com funcionários do Itamaraty, o processo para o resgate de civis brasileiros em Israel ainda está sendo avaliado pelo governo. A embaixada do Brasil em Tel Aviv está responsável pelo contato e assistência prestada aos brasileiros no local.

Para as outras 27 autoridades convidadas que permanecem lá, o governo israelense apresentou uma proposta similar de saída por terra até a Jordânia, para que, conforme a disponibilidade, embarquem em voos comerciais jordanianos de retorno ao Brasil.

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