Dia Internacional da Mulher teve diversas datas antes de ser oficializada pela ONU; entenda
A data 8 de março tem relações com diversos fatos históricos que marcaram a luta das mulheres ao longo dos anos
Diferente de outras datas comemorativas que foram pautadas em interesses comerciais, como o Dia dos Namorados no Brasil, criado por uma agência de publicidade, o dia 8 de março, marcado por celebrações ao Dia Internacional da Mulher, tem uma história que vai além da “venda de flores” de cards comemorativos nas redes sociais.
Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, a data é comemorada ao redor do mundo desde o início do século 20, e marca uma série de protestos e reivindicações de igualdade de gênero.
A data 8 de março tem relações com diversos fatos históricos que marcaram a luta das mulheres ao longo dos anos. No Brasil, a data é relacionada ao incêndio ocorrido em Nova York em uma fábrica têxtil em 1857 que matou 146 trabalhadores, sendo 125 mulheres. Antes desta data, o ‘Dia da Mulher’, já havia sido celebrado em algumas cidades espalhadas pelo mundo, como aponta registros de historiadores.
No dia 26 de fevereiro de 1909, em Nova York, cerca de 15 mil mulheres marcharam em busca de melhores condições de trabalho. No ano seguinte, na Europa, a alemã Clara Zetkin a criação de uma jornada de manifestações para intensificar a reivindicação.
A busca incessante pelo direito de votar nos Estados Unidos também é tida como um dos marcos para a criação do ‘Dia da Mulher’. Porém, a revolução que definiu a data como 8 de março aconteceu em 1917, quando um grupo de operárias saiu às ruas para se manifestar contra a fome e a Primeira Guerra Mundial.
Historiadores afirmam que o protesto aconteceu em 23 de fevereiro pelo antigo calendário russo, referente a 8 de março no calendário gregoriano, que foi adotado pela maioria dos países do mundo. A popularização da data, no entanto, não garante de forma instantânea os direitos pelos quais as mulheres buscam desde o século XX.
Um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostra que 90% da população mundial ainda tem algum tipo de preconceito na questão da igualdade de gênero em áreas como política, economia, educação e violência doméstica.
No Brasil, cinco estados tiveram juntos, em 2020, 449 casos de feminicídio, ou seja, assassinato de mulheres cometidos em função da vítima ser do gênero feminino. Os dados são da Rede de Observatórios da Segurança, que monitora a violência nos estados de São Paulo, Pernambuco, da Bahia, do Rio de Janeiro e Ceará.
De acordo com o estudo, o crime com maior número de registros foi agressão/tentativa de feminicídio (753); seguido por feminicídio; homicídio, isto é, o assassinato em que não foi possível constatar que a motivação era o gênero da vítima (298); violência sexual/estupro (217); agressão verbal/ameaça (98); tortura/sequestro/cárcere privado (81); tentativa de homicídio (43); outros (37); e balas perdidas (31).
Na questão salarial, um estudo da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) aponta que Multinacionais no Brasil empregam menos mulheres do que empresas locais e pagam menos a elas do que a trabalhadores homens.
Em artigo publicado nesta segunda-feira (8) o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que a pandemia agravou a desigualdade de gênero e a disparidade salarial entre homens e mulheres.
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