Publicado em 21/01/2020 às 13h57.

Dois dias após fuga em massa de detentos no Paraguai, apenas cinco são recapturados

Fugitivos são acusados de integrarem o PCC (Primeiro Comando da Capital); três últimas detenções foram recapturados nesta segunda-feira (20)

Redação
Foto: Reprodução/Google Maps
Foto: Reprodução/Google Maps

 

Dois dias após a fuga de 75 presos da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, apenas cinco detentos foram recapturados. As três últimas detenções foram recapturados nesta segunda-feira (20), na cidade de Arroyito, a cerca de 150 quilômetros de Pedro Juan Caballero. Os fugitivos são acusados de integrarem o PCC (Primeiro Comando da Capital).

De acordo com a Força Tarefa Conjunta, unidade das Forças Armadas paraguaias que conta também com integrantes da Polícia Nacional e da Secretaria Nacional Antidrogas, os três foram detidos enquanto caminhavam pelo acostamento de uma rodovia. A precariedade da vestimenta dos fugitivos, paraguaios, chamou a atenção dos agentes da Força Tarefa, que montou barreiras na região para tentar recapturar os 76 fugitivos.

O brasileiro detido na manhã de ontem também foi abordado em situação semelhante. Ele caminhava por uma rodovia próximo a Ponta Porã (MS), descalço, quando chamou a atenção de agentes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), da PM de Mato Grosso do Sul.

O outro fugitivo já detido foi localizado em uma residência próxima à penitenciária regional de onde havia escapado. Um outro integrante do PCC não chegou a concluir a fuga, tendo sido apanhado no interior do túnel de cerca de 15 metros que os detentos cavaram para escapar da penitenciária regional – as autoridades paraguaias suspeitam, porém, que parte do grupo que fugiu deixou o presídio pela porta da frente, com a anuência de agentes penitenciários.

“Já nos dias anteriores, vários dos fugitivos teriam deixado a prisão pela porta principal. Isso implica que, com efeito, toda a penitenciária está envolvida”, disse ontem o ministro do Interior, Euclides Acevedo.

Tão logo a fuga se tornou pública, o chefe de Segurança, Matías Vargas, e o diretor da penitenciária, Cristian González, foram demitidos e cinco agentes penitenciários foram presos.

A ministra da Justiça, Cecilia Pérez, disse que “a possibilidade de envolvimento de agentes penitenciários corruptos” é alta e que a maioria dos detentos que escaparam integra a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

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