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Publicado em 21/12/2025 às 14h44.

EUA interceptam terceiro navio petroleiro próximo à costa da Venezuela

Ação integra estratégia de pressão do governo Trump contra o regime de Nicolás Maduro

Redação
Foto: Reprodução/TV Globo

Os Estados Unidos interceptaram um terceiro navio petroleiro nas proximidades da costa da Venezuela, segundo informaram neste domingo (21) as agências de notícias Bloomberg e Reuters.

De acordo com a Bloomberg, a embarcação se chama Bella 1 e forças americanas já teriam embarcado no navio. Já a Reuters informou que o petroleiro foi interceptado e está sendo perseguido, mas que a abordagem direta ainda não havia ocorrido até a última atualização da reportagem. A data e o local exatos da interceptação não foram divulgados.

Caso a ação seja confirmada, esta será a segunda apreensão de um navio petroleiro próximo à Venezuela apenas neste fim de semana e a terceira em pouco mais de dez dias. A medida faz parte da estratégia de pressão do governo do presidente Donald Trump contra o regime venezuelano de Nicolás Maduro.

Segundo a Bloomberg, o petroleiro navegava sob bandeira panamenha e seguia em direção à Venezuela para ser carregado. Um oficial do governo dos Estados Unidos afirmou à Reuters que a embarcação está sob sanções econômicas e utilizava bandeira falsa. O mesmo oficial destacou que interceptações podem ocorrer de diferentes formas, não se limitando ao embarque de tropas, incluindo a aproximação por via aérea ou marítima.

Ainda conforme a Reuters, o petroleiro interceptado neste domingo está incluído no pacote de sanções que compõe o chamado “bloqueio total” de embarcações anunciado por Trump na última terça-feira. Já o navio apreendido no sábado (20) não constava na lista oficial de sanções dos Estados Unidos.

Após a divulgação da nova interceptação, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o país enfrenta uma “campanha de agressão de terrorismo psicológico e corsários que assaltaram petroleiros”. Não ficou claro se a declaração se refere diretamente à ação americana deste domingo.

“A Venezuela vem denunciando, enfrentando e derrotando há 25 semanas uma campanha de agressão que vai desde o terrorismo psicológico até corsários que assaltaram petroleiros. Estamos preparados para acelerar a marcha da Revolução profunda”, escreveu Maduro em suas redes sociais.

Até a última atualização desta reportagem, o governo dos Estados Unidos não havia se pronunciado oficialmente sobre a nova interceptação. Além do Bella 1, os EUA apreenderam no sábado o petroleiro Centuries e, no dia 10 de dezembro, o Skipper.

Nos últimos dias, Donald Trump anunciou um bloqueio contra todos os petroleiros sujeitos a sanções que entrem ou saiam da Venezuela. A medida foi interpretada por analistas como uma elevação no tom das ameaças americanas.

O governo venezuelano também não comentou oficialmente a interceptação deste domingo. Em declarações anteriores, o regime de Maduro classificou o bloqueio como uma “ameaça grotesca”, “absolutamente irracional” e um ato de “pirataria internacional”, afirmando ainda que as apreensões “não ficarão impunes”.

As interceptações de navios petroleiros integram a campanha de pressão dos Estados Unidos contra o governo venezuelano, que inclui mobilização militar no mar do Caribe, sobrevoos no espaço aéreo do país e ações contra embarcações. As medidas buscam enfraquecer a economia da Venezuela e ampliam a escalada de tensões entre os dois países.

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