Publicado em 30/01/2016 às 17h00.

Grã-Bretanha recomenda camisinha a homens que visitaram o Brasil

Recomendação está associada ao surto de Zika e vale também para outros 24 países ou territórios

Folhapress
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Mosquito Aedes aegypti (Foto: Agência Folha)

 

O temor de uma possível transmissão sexual do Zika vírus levou autoridades de saúde da Grã-Bretanha a recomendarem que casais adiem planos de gravidez e usem proteção em relações sexuais por até seis meses se o homem tiver ido a uma área com transmissão de Zika, como o Brasil.

O Public Health England (Saúde Pública Inglaterra) recomendou que homens que estiveram em locais com registros da doença usem camisinha por 28 dias se sua parceira estiver grávida ou tentando engravidar.

A recomendação vale para o Brasil e para outros 24 países ou territórios.

A principal forma de transmissão do Zika vírus, que foi associado a casos de microcefalia (malformação congênita), é pela picada do mosquito Aedes aegypti.

O Public Health England diz que a medida é uma precaução e que pode ser revisada à medida em que mais informações se tornarem disponíveis.

Já no Brasil, o site do Ministério da Saúde não faz recomendação para uso de camisinha por causa do zika vírus devido ao risco de transmissão sexual. A posição oficial é que quem deseja engravidar deve discutir os riscos com seus médicos.

Mulheres – Jornais britânicos deram destaque à recomendação em suas edições deste sábado (30). Em chamada de capa, o Telegraph afirma que “casais britânicos foram aconselhados a parar de tentar ter um bebê por até seis meses se um dos parceiros tiver voltado de um dos 23 países afetados pelo Zika vírus”.

Já o tabloide Daily Mirror estampou na manchete: “Não engravidem”.

De acordo com as autoridades de saúde britânicas, seis casos de Zika já foram notificados em britânicos (um deles, no entanto, não têm relação com o surto atual). O Aedes aegypti, porém, não circula no país, e todos os casos são de pessoas que viajaram para áreas de risco – nenhuma para o Brasil.

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde do Brasil, foram notificados desde outubro 4.180 casos suspeitos de microcefalia. Deste, 270 foram confirmados como microcefalia e outros 3.448 ainda estão sendo investigados. Dos confirmados, 6 têm relação com o Zika vírus, e os outros ainda estão sendo investigados.

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