Publicado em 20/05/2025 às 14h42.

Honda reduz investimentos em veículos elétricos em US$ 20 bilhões

Montadora japonesa revê planos diante da queda na demanda por elétricos e prioriza transição com modelos híbridos

Redação
Foto: Honda

 

A Honda, uma das principais montadoras do setor automotivo mundial, anunciou nesta terça-feira (20) que irá reduzir em cerca de US$ 20 bilhões os investimentos previstos em veículos elétricos para os próximos anos.

A empresa japonesa justificou a medida pela desaceleração significativa na demanda por seus carros elétricos. Com isso, o montante destinado à estratégia de eletrificação da frota será de aproximadamente US$ 48,3 bilhões, valor inferior aos US$ 69 bilhões inicialmente projetados até 2031.

Na semana anterior, a Honda já havia adiado um projeto de US$ 11 bilhões voltado à produção de veículos elétricos no Canadá, citando vendas abaixo do esperado. A companhia também avalia a reprogramação do cronograma de construção de fábricas dedicadas exclusivamente a modelos elétricos.

Apesar do recuo nos aportes, a montadora mantém o compromisso com a eletrificação da frota como parte da meta de alcançar a neutralidade de carbono em seus carros de passeio no longo prazo. No entanto, afirmou que os veículos híbridos — que combinam motor elétrico e a combustão — terão um “papel central” durante o período de transição. Como consequência, a empresa pretende ampliar a produção desses modelos.

A Honda projeta elevar o volume total de vendas de automóveis até 2030 para um nível acima das atuais 3,6 milhões de unidades por ano. No entanto, reconhece que dificilmente atingirá a meta de que 30% dessas vendas sejam compostas por veículos 100% elétricos.

Outro movimento importante foi o encerramento das conversas sobre uma possível fusão com a Nissan. Em fevereiro, as duas empresas confirmaram oficialmente o fim das negociações. A Nissan rejeitou a proposta da Honda de torná-la uma subsidiária integral.

As tratativas começaram em dezembro do ano passado com a intenção de formalizar o acordo até o fim de janeiro, mas não avançaram após a proposta de controle total pela Honda. Apesar disso, ambas as montadoras seguem com a parceria tecnológica anunciada em agosto.

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